O Reino Unido anunciou nesta terça-feira (20) a suspensão total das negociações comerciais com Israel devido à continuidade da guerra em Gaza contra o Hamas.
Ainda, governo britânico convocou a embaixadora do país em Londres, Tzipi Hotovely em nota de protesto contra a nova ofensiva contra os terroristas palestinos no enclave.
A informação foi comunicada pelo ministro de Relações Exteriores, David Lammy, em discurso na Câmara dos Comuns.
Lammy declarou: “a conduta intolerável de Israel na guerra está prejudicando o relacionamento do Reino Unido com o governo de Benjamin Netanyahu”. O ministro britânico ainda informou que o Reino Unido sancionou vários colonos israelenses na Cisjordânia.
Simultaneamente, a Secretaria de Relações Exteriores emitiu um comunicado anunciando que o secretário de Estado britânico para o Oriente Médio, Hamish Falconer, convocará hoje a embaixadora de Israel em Londres, Tzipi Hotovely, devido à expansão das operações militares em Gaza.
Falconer repassará à diplomata israelense a oposição do governo britânico à escalada “desproporcional” da atividade militar na Faixa e enfatizará que o bloqueio de 11 semanas à entrada de ajuda em Gaza foi “cruel e indefensável”.
Mais tarde, nesta terça-feira, o primeiro-ministro, Keir Starmer, afirmou que o Reino Unido “não pode permitir que o povo de Gaza passe fome” e que os níveis de sofrimento no enclave são “completamente intoleráveis”.
O Reino Unido se uniu à França e ao Canadá no dia anterior com ameaças de cortar laços com Israel devido à continuidade da guerra contra o Hamas em Gaza.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou a decisão, dizendo que as negociações já estavam “paralisadas” há muito tempo e o futuro acordo seria benéfico para ambos os países. “Se, devido à obsessão anti-Israel e a considerações políticas internas, o governo britânico estiver disposto a prejudicar a economia britânica, isso é prerrogativa sua”, respondeu a pasta israelense.