O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou neste sábado (20) que encontrará o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima semana em Nova York. O tema da conversa será a guerra na Ucrânia na Assembleia Geral da ONU.
Zelensky afirmou que o objetivo do encontro é discutir garantias de segurança para um possível acordo de paz com a Rússia e reforçar os pedidos de sanções contra o regime de Moscou. O tema das “garantias de segurança” já havia sido discutido em uma reunião no mês passado, com a presença de Trump e líderes europeus.
O anúncio do encontro acontece em meio a uma onda de ataques aéreos com drones no conflito. O governo ucraniano informou que mais de 500 drones e quarenta mísseis teriam sido lançados da Rússia, resultando em ao menos 3 mortes. Há uma semana, a Ucrânia atingiu uma das maiores refinarias da Rússia, tambpem usando drones.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, sugeriu a criação de uma força internacional estacionada na Ucrânia após um cessar-fogo. As propostas incluem uma missão de manutenção da paz armada, uma força de dissuasão menor ou uma equipe de observação militar. Nenhuma delas foi oficialmente detalhada.
Posições de Trump
Por sua vez, Trump tem prometido “sanções severas” contra a Rússia, contanto que houvesse apoio total dos outros países da Otan (aliança militar ocidental). Ele também criticou a compra de petróleo e derivados da Rússia por aliados e sugeriu tarifas contra a China como forma de acelerar o fim do conflito. A União Europeia anunciou dominuição de compras de gás natural e diminuiu o preço limite para compra legal de petróleo russo, mas não cessou as importações.
Desde que retornou à Casa Branca, Trump tem oscilado entre ameaças de cortar o envio de armas para Kyiv e promessas de encerrar a guerra em 24 horas. Ele já elogiou o ditador Vladimir Putin, culpou a Ucrânia pelo conflito e teve um bate-boca com o presidente Zelensky diante da imprensa.
Em julho, após se encontrar com o chefe da Otan, Trump disse estar “decepcionado” com Putin, que intensificou os ataques. Na ocasião, o presidente americano deu um ultimato de 50 dias para que a Rússia encerrasse os combates ou enfrentasse novas punições econômicas.