segunda-feira , 27 outubro 2025
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Vitória eleitoral fortalece Milei e dá fôlego às reformas econômicas na Argentina

As eleições legislativas realizadas neste domingo (26) na Argentina deram uma vitória expressiva ao partido do presidente Javier Milei, A Liberdade Avança, reforçando o apoio popular ao governo e ampliando significativamente sua força no Congresso. O pleito funcionou, na prática, como um referendo do segundo ano de mandato e superou as expectativas, indicando que Milei terá maior capacidade para avançar em sua política de austeridade e reformas econômicas.

O presidente buscava pavimentar o caminho para uma eventual reeleição em 2027 e garantir continuidade ao seu programa econômico. Apesar dos escândalos recentes envolvendo integrantes do governo, os eleitores entregaram uma vitória ampla ao projeto de Milei.

Quando 94,35% da apuração tinha sido concluída, o partido de Milei contava com 40,82% dos votos na disputa na Câmara dos Deputados e conquistou 64 cadeiras, quase o dobro das que possuía antes do pleito. O peronismo, reunido na coligação Força Pátria, ficou com 24% dos votos e 31 cadeiras. A aliança de governadores Províncias Unidas ficou com 7,12%.

Na eleição parcial para o Senado, A Liberdade Avança venceu em seis dos oito distritos que renovavam seus representantes.

A nova correlação de forças permitirá ao governo impedir que vetos presidenciais sejam derrubados pela oposição, algo que se tornou recorrente nos últimos meses, em projetos envolvendo financiamento universitário, saúde pediátrica e políticas para pessoas com deficiência.

Pressão sobre a oposição

O resultado aprofunda a crise do peronismo, politicamente fragilizado desde o fim do governo Alberto Fernández (2019–2023). Embora ainda seja a maior minoria no Senado e na Câmara, o grupo perdeu espaço e influência. O governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, principal nome da oposição, afirmou estar disposto ao diálogo, mas criticou a falta de interlocução com o governo federal.

Outra figura central do peronismo, a ex-presidente Cristina Kirchner, sequer pôde votar. Cristina foi retirada da lista de eleitores após a Suprema Corte confirmar sua condenação por administração fraudulenta.

Participação baixa e mudança no sistema

A participação eleitoral foi de 66%, a menor desde o retorno da democracia em 1983. Mais de 12 milhões de argentinos, 34% do eleitorado, não compareceram às urnas, apesar do voto ser obrigatório. Nas presidenciais de 2023, que elegeram Milei, o comparecimento havia sido de 74%.

Esta foi também a primeira eleição com cédula única de papel, sistema implantado para reduzir custos e agilizar a contagem. A mudança, no entanto, gerou filas mais longas em algumas regiões

Trump, um grande “cabo eleitoral” de Milei

O presidente americano, Donald Trump, é aliado de Milei e se tornou nas últimas semanas uma espécie de cabo eleitoral para as eleições de meio de mandato.

Os Estados Unidos estão comprando diretamente pesos argentinos e fecharam um acordo de swap cambial de US$ 20 bilhões com o Banco Central da Argentina para frear a alta do dólar.

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse que a gestão Trump também busca uma linha de crédito de US$ 20 bilhões que complementaria a linha de swap, “com bancos privados e fundos soberanos que, acredito, ficariam mais focados no mercado de dívida”.

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