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GUSTAVO CASTRO
DO REPÓRTERMT
Apontado como líder de uma rede criminosa investigada na Operação Ludus Sordidus, Sebastião Lauze Queiroz de Amorim, conhecido como “Dono da Quebrada”, foi preso mais uma vez nesta segunda-feira (8), em Cuiabá.
Sebastião estava em prisão domiciliar e monitorado por tornozeleira eletrônica, mas, segundo as investigações, continuava participando das atividades ilegais. Ele é presidente de um time de futebol amador na capital e, de acordo com a Polícia Civil, utilizava a função social como fachada para movimentar esquemas de jogos de azar, estelionatos, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro vinculados a uma facção.
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A ordem de prisão foi expedida pela juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Justiça 4.0 do Juiz das Garantias. A decisão ocorreu após ser constatado que, mesmo monitorado, Sebastião seguia comandando reuniões e dando orientações ao grupo criminoso. Em um dos episódios, ele teria se encontrado com integrantes da facção no bairro Osmar Cabral.
Segundo a apuração policial, o criminoso detinha influência sobre determinadas regiões, chamadas de “quebradas”, onde impunha regras e garantia participação nos lucros de atividades ilícitas. Apenas com a plataforma de apostas clandestinas, recebia 10% de todo o faturamento, além de repasses do tráfico e de golpes aplicados pela internet.
A investigação também identificou que um de seus subordinados, já ligado à facção, intimidou moradores para impedir uma reunião comunitária e, posteriormente, comandou esquemas de extorsão contra comerciantes em Várzea Grande e Rondonópolis.
Na fase deflagrada em 21 de agosto, a Operação Ludus Sordidus cumpriu 38 ordens judiciais, incluindo 10 prisões preventivas, 8 mandados de busca e apreensão, sequestro de imóveis e bloqueio de contas que somam mais de R$ 13,3 milhões. As ações ocorreram em Cuiabá, Várzea Grande e em Nova Odessa (SP).
As apurações começaram em dezembro de 2023, quando uma reunião comunitária no bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, foi interrompida por faccionados. Na ocasião, moradores foram ameaçados em uma demonstração de força, motivada por interesse político ligado a um dos investigados. A partir desse episódio, a Draco e a GCCO aprofundaram as investigações e identificaram toda a estrutura criminosa que atuava nos bairros Osmar Cabral, Jardim Liberdade e regiões vizinhas.
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