O ditador Nicolás Maduro afirmou nesta segunda-feira (15) que a Venezuela está pronta para uma “luta armada” contra os Estados Unidos, caso seja alvo de intervenção militar americana.
A declaração ocorre após Washington posicionar oito navios de guerra equipados com mísseis e um submarino nuclear no mar do Caribe, em tese para combater o narcotráfico.
“Hoje a Venezuela tem mais poder nacional, está mais unida, está mais preparada para preservar, em qualquer circunstância, se nos couber ir para a luta armada, a sua independência e construir a paz”, declarou Maduro em coletiva de imprensa.
O líder chavista classificou a operação americana em curso no Caribe como uma “ofensiva direta” contra seu regime e que, caso seja alvo, vai exercer o “direito à defesa”.
“A Venezuela exerce o legítimo direito à defesa e o exercemos plenamente, não é uma tensão, é uma agressão [a operação dos EUA] em toda a linha”, afirmou. Ele acusou Washington de estar agindo por meio de frentes judicial, política, diplomática e militar contra Caracas.
Ao comentar a relação atual entre seu regime e a Casa Branca, Maduro reconheceu que não há mais negociações políticas com Washington. Segundo ele, os contatos estão “desfeitos”, restando apenas uma comunicação mínima sobre questões migratórias com John McNamara, encarregado de Negócios dos EUA na Colômbia.
“Mantém-se um fio básico com o senhor McNamara, que é um fuzileiro naval. McNamara não é um diplomata, é um militar acostumado à guerra”, afirmou.