quarta-feira , 9 julho 2025
💵 DÓLAR: Carregando... | 💶 EURO: Carregando... | 💷 LIBRA: Carregando...

TV ligada a sindicatos recebeu R$ 5,5 milhões em emendas de petistas

Deputados e senadores do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enviaram R$ 5,5 milhões em emendas parlamentares à fundação responsável pela TV dos Trabalhadores (TVT), emissora alinhada ao sindicalismo. Os repasses ocorreram ao longo dos últimos sete anos por 21 parlamentares, entre eles os ministros Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Alexandre Padilha (Saúde) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário).

De acordo com o levantamento apurado pelo site Metrópoles divulgado nesta segunda (7), Gleisi enviou R$ 350 mil, enquanto que Teixeira encaminhou R$ 200 mil. Já Padilha não teve valores divulgados.

Os três ministros confirmaram os envios de emendas parlamentares, e justificaram afirmando que a emissora produz conteúdo educativo e cultural.

VEJA TAMBÉM:

Emendas para a TVT

A Secretaria de Relações Institucionais (SRI) confirmou os envios feitos pela ministra Gleisi Hoffmann, sendo R$ 250 mil em fevereiro deste ano e R$ 100 mil em abril de 2023. No entanto, não comentou se havia motivação eleitoral na escolha da emissora.

Já Padilha afirmou, em nota, que a TVT tem “programação educativa, não se trata de um veículo comercial e nem partidário”. As emendas dele foram enviadas à fundação em 2021 e 2023.

“Todas as emendas de Alexandre Padilha, enquanto deputado, foram amplamente declaradas no Portal da Transparência, sem qualquer questionamento dos órgãos de controle”, completou em nota.

Já Paulo Teixeira informou que destinou R$ 100 mil em 2021 para a produção de 12 episódios sobre culturas periféricas e mais R$ 100 mil em dezembro de 2023, já como ministro. Em nota, Teixeira alegou que a primeira emenda foi aprovada durante o governo Jair Bolsonaro (PL), sendo a análise de mérito de responsabilidade do Executivo.

“A TVT cumpre uma função social importante, o que justifica os repasses”, justificou.

Além dos ministros, também foram identificados envios de emendas parlamentares do senador Jaques Wagner (PT-BA) e dos deputados Alfredinho Cavalcante (PT-SP) e Benedita da Silva (PT-RJ).

Convênio milionário com a EBC

No final do ano passado, a TVT firmou dois convênios com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal responsável por emissoras públicas de rádio e TV, ambos pagos com recursos de emendas parlamentares.

Um deles, de R$ 1,8 milhão, foi destinado à aquisição de equipamentos. O outro, de R$ 800 mil, prevê a produção de 100 programas jornalísticos inéditos.

A TVT é mantida pela Fundação Sociedade, Comunicação, Cultura e Trabalho, que tem como principais financiadores o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e o Sindicato dos Bancários de São Paulo. De acordo com o diretor da fundação e membro do conselho da emissora, Maurício Júnior, as emendas servem como complemento orçamentário para programas educativos.

“Essas produções fortalecem a democracia, ampliam o acesso à informação de qualidade e contribuem para a construção de uma comunicação mais inclusiva e plural. Sem esse apoio, muitas dessas histórias deixariam de ser contadas — e, com elas, perderíamos narrativas essenciais para entender e transformar a sociedade brasileira”, disse à reportagem.

Os programas financiados pelas emendas, afirma Maurício, são voltados a temas do “Brasil real”, como “periferias, juventudes, mulheres, povos do campo e comunidades tradicionais”.

Ainda segundo Júnior, os diretores da TVT apresentam anualmente os projetos a parlamentares identificados com a pauta de comunicação pública e recebem retorno sobre como as emendas podem ser destinadas. A TVT integra a Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP) e mantém convênios com a EBC, especialmente durante gestões do PT.

A emissora foi criada em 1983 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando ainda era diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Em 2010, a fundação que controla o canal firmou um contrato com a EBC para a transmissão da programação da RNCP com validade de dez anos. Com o retorno de Lula à presidência em 2023, novos contratos foram assinados.

fonte

Verifique também

Suprema Corte permite que Trump retome demissões em massa no governo

A Suprema Corte dos Estados Unidos desbloqueou nesta terça-feira (8) uma ordem executiva para permitir …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *