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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (24) que pretende ampliar o envio da Guarda Nacional para outras cidades governadas por democratas, a exemplo do que já fez em Washington, D.C. A declaração surgiu após um embate do republicano com o governador democrata de Maryland, Wes Moore, que o convidou a visitar Baltimore. Em resposta, Trump disse que poderia “mandar as tropas” para a cidade.
Segundo Trump, a medida tem como objetivo reforçar a segurança pública em áreas que, de acordo com ele, apresentam índices elevados de criminalidade.
“Se Wes Moore precisa de ajuda, como Gavin Newscum (forma pejorativa como Trump se refere ao governador democrata da Califórnia, Gavin Newsom) em Los Angeles, eu enviarei as tropas, como já está sendo feito na vizinha Washington, D.C., e rapidamente limparei o crime”, escreveu o presidente em sua rede Truth Social.
A troca de farpas entre Trump e Moore ocorreu após o governador criticar o envio de tropas federais para conter o crime em Washington. Em resposta, Moore disse ter convidado o presidente a percorrer as ruas de Baltimore, em Maryland, para mostrar a queda nos índices criminais.
“O presidente está gastando todo o seu tempo falando sobre mim. Eu estou gastando meu tempo falando sobre as pessoas que sirvo”, declarou Moore em entrevista à CBS.
O governador ressaltou que Baltimore vem registrando redução consistente da criminalidade. Segundo a imprensa dos EUA, dados locais apontam que, em 2024, os homicídios caíram 24% em relação ao ano anterior e 42% desde 2021.
“A última vez que a taxa de homicídios foi tão baixa em Baltimore, eu ainda não havia nascido”, disse Moore, de 46 anos.
Planos para Chicago e Nova York
Trump também afirmou que Chicago deve ser a próxima cidade a receber tropas federais. Ele também falou sobre Nova York.
“Acho que Chicago será a próxima e depois ajudaremos com Nova York”, declarou a jornalistas na Casa Branca na sexta-feira (22). O jornal The Washington Post revelou neste final de semana que o Pentágono já prepara um plano de operação para a cidade, com possibilidade de incluir forças da ativa além da Guarda Nacional.
A iniciativa provocou reação imediata das lideranças locais. O governador de Illinois (onde fica Chicago), JB Pritzker, do Partido Democrata, afirmou em rede social que não há emergência que justifique uma intervenção militar.
“Donald Trump está tentando fabricar uma crise, politizar americanos que servem fardados e continuar abusando do poder”, escreveu. O prefeito de Chicago, Brandon Johnson, do Partido Democrata, também rejeitou a ideia e disse que entrará na Justiça para impedir uma “ocupação militar”.
Trump reforçado que uma de suas prioridades neste segundo mandato é restaurar a segurança nas grandes cidades americanas. Em junho, ele já havia autorizado o envio de quase 5 mil soldados a Los Angeles, mesmo diante da oposição do governador Gavin Newsom.
