O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, designou oficialmente o movimento Antifa do país como “organização terrorista doméstica” e o relacionou diretamente com a violência política vigente.
A ordem executiva assinada pelo mandatário nesta segunda-feira (22) declara o Antifa como “organização terrorista nacional”, atribuindo-lhe um padrão sistemático de violência política projetado para minar o Estado de Direito e reprimir a atividade política legal nos Estados Unidos.
Segundo o documento, o movimento utiliza “ataques violentos contra o Serviço de Imigração e Controle Alfandegário (ICE) e outros agentes da lei” como parte de sua estratégia para alcançar objetivos políticos por meio de coerção e intimidação.
A ordem de Trump instrui todos os departamentos e agências federais a utilizarem todas as suas faculdades para investigar, desmantelar e processar qualquer operação ilegal vinculada ao Antifa, incluindo o apoio material às suas ações violentas.
O Antifa é um movimento descentralizado de esquerda que se propõe a protestar contra grupos que consideram racistas e fascistas. Há muito tempo atrai críticas do presidente americano, que oficializou sua designação como terrorista, apesar de não existir um líder ou uma organização formal para acusar.
Em 2020, o então diretor do FBI, Christopher Wray, afirmou que o Antifa era mais uma ideologia do que uma organização formal.
A ordem executiva dá poder às autoridades para investigar e processar qualquer pessoa que atue sob o nome de Antifa e organizações que em teoria financiem suas ações.
Trump acusou abertamente a extrema-esquerda de ser responsável pela violência que o país vive no contexto do assassinato do ativista conservador Charlie Kirk no último dia 10 durante um debate com estudantes em uma universidade no estado de Utah.