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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (27) que não descarta ordenar novos bombardeios contra instalações nucleares do Irã caso receba relatórios confiáveis de inteligência indicando um novo ciclo de enriquecimento de urânio em “níveis preocupantes”.
A agência de notícias EFE informou que durante uma coletiva na Casa Branca, ao ser questionado sobre a possibilidade de voltar a atingir centros de enriquecimento iranianos diante de uma ameaça concreta de avanço nuclear por parte de Teerã, Trump respondeu de forma direta: “Com certeza”.
O presidente americano celebrou o que classificou como “sucesso retumbante” da operação militar do último fim de semana, que teve como alvos as instalações de Fordow, Isfahan e Natanz. Segundo ele, a ofensiva foi determinante para a construção de um cessar-fogo entre Israel e Irã, encerrando doze dias de hostilidades e contribuindo para reduzir a tensão no Oriente Médio. Ele ainda afirmou que tanto o governo de Israel quanto o regime iraniano estariam “exaustos” após o período de confronto.
“Negociei com ambos, e ambos queriam resolver [o impasse]. Fizemos um ótimo trabalho. Mas Irã e Israel estão exaustos. A última coisa em que pensam agora é em energia nuclear. Sabe no que estão pensando? Pensam no amanhã, em tentar viver”, declarou Trump.
Segundo a EFE, o republicano ressaltou que as instalações nucleares, especialmente o centro estratégico de Fordow, foram completamente destruídas durante os ataques.
“O local foi devastado pelas bombas. E não, não estou nem um pouco preocupado”, reforçou o mandatário.
Trump também cobrou transparência do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, após o aiatolá minimizar os danos causados pelas ofensivas em pronunciamento recente. “Você tem que dizer a verdade. Eles lhe deram uma surra, e Israel também foi atingido”, rebateu o presidente, em um recado direto à liderança iraniana.
O chefe de Estado norte-americano e membros do alto escalão de seu comando militar reagiram com ceticismo a um relatório preliminar de inteligência vazado à imprensa, que sugeria que os bombardeios haviam atrasado o programa nuclear do Irã por apenas seis meses — e não por anos, como estimado inicialmente por autoridades americanas.
A agência EFE disse ainda que Trump reforçou que, após os ataques, o Irã parece ter perdido o acesso às reservas de urânio enriquecido a 60% e afirmou que “nenhum material foi retirado das instalações”, em referência aos estoques que estariam armazenados nos locais atingidos.
