quarta-feira , 15 outubro 2025
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Tereza Cristina cita Tarcísio, Ratinho e Michelle como nomes viáveis da direita





Ex-ministra da Agricultura de Jair Bolsonaro e líder do PP no Senado, Tereza Cristina (MS) afirma que não adianta a oposição lançar um candidato sem viabilidade eleitoral contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, e citou os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ratinho Júnior (Paraná) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como alternativas. Sem criticar diretamente o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tem feito ataques a nomes da direita, ela afirmou que espera que o bloco tenha “maturidade” de entender que a divisão só favorece o governo.

Em entrevista ao GLOBO, a senadora também disse que é cedo para debater quem será o vice na chapa, posto para o qual ela própria é cotada, e elogiou o avanço das conversas entre Brasil e Estados Unidos pelo fim do tarifaço.

O deputado Eduardo Bolsonaro articulou nos EUA sanções econômicas ao país e punições a autoridades brasileiras e criticou parlamentares, como a senhora, que tentaram negociar um acordo com o governo americano. Eduardo está prejudicando a direita?

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É uma posição dele. Foi embora do país, está lá (nos EUA) e é filho (de Jair Bolsonaro). Ele tem algumas razões diferentes das comerciais, mas o Congresso fez o papel que tinha que fazer: abrir o canal de conversação, fazer a diplomacia parlamentar. Nós temos culpa também, porque deixamos esse canal fechado durante muito tempo. O resultado dessa viagem não foi perdido, alguma sementinha nós plantamos. Conversamos com senadores americanos, e essa conversa fluiu dentro do Senado dos EUA.

Eduardo anunciou a intenção de ser candidato à Presidência em 2026 e faz críticas a outros nomes da direita, como o governador Tarcísio de Freitas. Essa postura atrapalha a unidade da oposição para enfrentar Lula?

Sempre vai ter gente que acompanha um lado ou outro. O melhor era que estivéssemos todos unidos em torno de um nome para as próximas eleições, mas eu acho que ainda tem tempo. Espero que a direita tenha maturidade para saber que nós temos um adversário, que é o governo que está aí, e não somos adversários entre nós. Quem vai disputar a eleição vai ser o PT contra alguém do campo da direita. O melhor dos mundos é que a direita sente e discuta o nome viável, porque não adianta colocar alguém que não tenha viabilidade.

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O senador Ciro Nogueira, presidente do PP, citou os governadores Tarcísio de Freitas e Ratinho Júnior como os únicos nomes viáveis da direita. Concorda com ele?

São dois ótimos nomes. E tem outros ainda. As pesquisas dizem que são três (viáveis): Tarcísio, Ratinho e Michelle (Bolsonaro, ex-primeira-dama).

Os três estão em nível de igualdade?

Na pesquisa, sim.

Vê o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, largando atrás? A senhora falou de três nomes viáveis para 2026 e ele não estava.

Pode aparecer um nome, por exemplo, a Tereza candidata, mas não estava no jogo até esse momento. Está tudo embolado. Na pesquisa (Quaest) você vê Tarcísio, Michelle, Ratinho e Caiado. O que está um pouco atrás é o Eduardo Leite. Isso faz parte desse caminho, mas vai afunilando por conta da data de tomada dessas decisões.

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A direita pode ter mais de um candidato?

Não é o ideal, mas pode ter. Ainda é cedo para isso. Os candidatos estão aí postos. As pesquisas mostram todo mundo da direita embolado. Se juntar, a chance é muito grande.

O ideal seria o ex-presidente Jair Bolsonaro indicar o nome ainda este ano? Por que ele não faz isso?

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Não sei, não tenho conversado com o presidente Bolsonaro por conta da situação dele. Até já pedi para ir lá, mas ainda não recebi o OK. Ele deve ter os motivos. O presidente Bolsonaro é um político diferente. A lógica dele nem sempre é a lógica de todos. Na hora certa, tenho certeza que ele vai fazer isso.

Ele erra na estratégia de ainda não ter indicado esse apoio?

Ainda não, há tempo.

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Tarcísio tem dito que vai concorrer à reeleição em São Paulo, mas tem negociado com presidentes de partidos sobre temas nacionais para pressionar o governo Lula. Quais dificuldades vê para ele se assumir candidato a presidente?

Por que ele tem que entrar na arena? O PT já o elegeu como alvo. Ele tem que cuidar de São Paulo, tem muita coisa para fazer lá. Na hora que a direita apoiar, se for o nome dele, tenho certeza que ele vai refletir e tomar uma posição rápida.

A senhora e Ciro Nogueira são citados como opções para vice em uma chapa de direita. Há chances de um dos dois compor a candidatura?

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Está tão cedo para isso… A vice é a última coisa que se discute. Tem que ver o que traz mais votos, o que dá mais viabilidade ao candidato. Só não pode ter um vice que tire votos.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, o senador Rodrigo Pacheco, e o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, são os nomes citados para a vaga de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal. Quem tem mais apoio na oposição?

Eu imagino que seja o senador (Pacheco), nosso colega, mas não conversei com ninguém ainda.

Concorda com a aprovação de um projeto que reduza penas de envolvidos no 8 de Janeiro em vez de uma anistia total?

Não conheço os dois textos. Eu só sei que um é pela anistia ampla, geral e irrestrita, e outro fala de dosimetria, que era um projeto que o senador Davi (Alcolumbre, presidente do Senado) também vinha gestando há mais tempo. A anistia geral traria uma pacificação, mas a dosimetria também trará uma pacificação ao diminuir a pena do presidente Bolsonaro, que foi muito alta. Não tenho dúvida que trará benefícios.

O que achou da conversa entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o tarifaço?

Vejo com muito bons olhos. Sou uma defensora dessa conversa desde o início, já disse que o presidente Lula deveria ter ligado para o presidente Trump há muito tempo. É um avanço nas relações. Vejo que a diplomacia finalmente vai distensionar e abrir um caminho. Os papéis estão definidos, o Itamaraty, o ministro da Indústria e Comércio (Geraldo Alckmin), todo mundo trabalhando para que possamos ter um horizonte.

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