Tarcísio lidera disputa pela reeleição em SP com ampla vantagem, aponta Datafolha

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é apontado como favorito na disputa pela reeleição em 2026, de acordo com uma pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (11). O levantamento indica que, se a eleição fosse hoje, o ex-ministro da Infraestrutura venceria com ampla margem seus principais adversários e manteria a liderança em todos os cenários simulados de segundo turno.

Em um dos cenários testados, Tarcísio registra 41% das intenções de voto, à frente do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que aparece com 25%. Em terceiro lugar está o influenciador digital Pablo Marçal (PRTB), com 15%, seguido pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), com 6%, e o deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP), com 4%.

Embora tenha sido considerado pela pesquisa como um candidato viável, Marçal está inelegível até 2032, de acordo com uma decisão da Justiça Eleitoral que o condenou por abuso de poder político e econômico. Cabe recurso.

Vantagem consolidada no segundo turno

Tarcísio também vence com margem confortável nas simulações de segundo turno. Contra Alckmin, o governador aparece com 53%, enquanto o ex-tucano registra 39%. Em outro cenário, contra o ministro Márcio França (PSB), que não foi testado no primeiro turno, o placar é ainda mais favorável: 62% a 24%.

Tarcísio lidera na pesquisa espontânea

Na pesquisa espontânea — em que os entrevistados mencionam nomes sem estímulo — Tarcísio lidera com 16%, além de 5% que afirmaram votar “no atual governador”. Os nomes mais citados a seguir são o deputado Guilherme Boulos (PSOL) e o ministro Fernando Haddad (PT), ambos com 2%.

Presidenciável em potencial

Embora reforce publicamente que seu foco é a reeleição em São Paulo, Tarcísio é visto como um nome natural da direita para disputar o Palácio do Planalto em 2026, especialmente devido à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dados do Datafolha fortalecem seu capital político no maior colégio eleitoral do país e o colocam em uma posição estratégica para um eventual voo nacional.

A pesquisa ouviu 1.500 eleitores em 81 municípios paulistas entre os dias 1º e 3 de abril. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.