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Tarcísio diz que etanol não deve ser moeda de troca em disputa com os EUA

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira (20) que o etanol não deve entrar na mesa de negociação comercial com os Estados Unidos, em meio à escalada tarifária imposta pelo governo de Donald Trump contra produtos brasileiros.

A declaração foi feita durante a 25ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, em São Paulo, e sinaliza o posicionamento do governo paulista ao lado do setor sucroenergético, que pressiona o Planalto a manter as tarifas de proteção sobre o etanol norte-americano.

“Vamos fornecer o etanol que vai mover as embarcações. Isso significa que há uma demanda extraordinária e não precisamos fazer concessões daquilo que é reserva estratégica do Brasil”, disse Tarcísio, segundo relato obtido pelo jornal O Globo.

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“Temos que proteger essa reserva. Precisamos prestigiar quem investe em tecnologia e faz a diferença no campo”, completou o governador.

Contexto da disputa

A fala de Tarcísio ocorre após rumores de que o governo brasileiro estaria avaliando reduzir a tarifa de importação de 18% sobre o etanol dos EUA como parte de uma negociação para atenuar as medidas retaliatórias de Trump.

Gigantes do setor e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), no entanto, negam qualquer tratativa com o governo federal nesse sentido.

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Em nota, a entidade afirmou que mantém “posição unificada em defesa da previsibilidade regulatória, da reciprocidade comercial e do respeito às regras internacionais de comércio”.

“O etanol brasileiro é um ativo estratégico de soberania nacional — e não pode ser tratado como moeda de troca em negociações comerciais”, diz o comunicado.

Resistência à abertura

A resistência do setor está ligada ao modelo produtivo distinto entre os dois países.
Enquanto o Brasil produz etanol a partir da cana-de-açúcar, os Estados Unidos utilizam o milho, com forte subsídio governamental, o que reduz artificialmente os custos e desequilibra a concorrência internacional.

Para o setor sucroenergético, a manutenção da tarifa de 18% é essencial para proteger a competitividade do produto nacional e garantir previsibilidade ao mercado de biocombustíveis, que responde por cerca de 20% da matriz energética brasileira.

Guerra tarifária

As declarações de Tarcísio se enquadram da guerra comercial aberta por Trump contra o Brasil, que incluiu tarifas de até 50% sobre produtos agrícolas e manufaturados brasileiros.

O governo Lula (PT) tem buscado uma resposta coordenada com o setor privado, evitando uma escalada imediata, mas mantendo o tom de firmeza nas negociações diplomáticas.

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