O senador republicano Ted Cruz pediu que o investidor George Soros seja investigado por suposto financiamento aos protestos No Kings (“Sem Reis”), que serão realizados no sábado (18) em várias cidades dos Estados Unidos e que contestarão medidas do governo Donald Trump.
Cruz falou sobre o assunto em entrevista à emissora Fox News. “O que eu tenho insistido é: sigam o dinheiro, cortem o dinheiro. E você olha para essa manifestação No Kings, e há evidências consideráveis de que George Soros e sua rede estão por trás do financiamento dessas manifestações, que podem muito bem se transformar em tumultos por todo o país. E Soros está assinando o cheque”, acusou o senador.
Cruz disse que apresentou um projeto de lei no Senado que adicionaria o financiamento de tumultos à lista de crimes puníveis pela Lei de Organizações Corruptas e Influenciadas por Extorsionistas (Rico, na sigla em inglês).
Essa legislação federal americana permite que acusações sejam feitas contra líderes de organizações criminosas por crimes cometidos por outros membros da organização, e não diretamente cometidos por eles.
“[Se aprovada, essa lei] permitiria que o Departamento de Justiça usasse a Rico para ir atrás do dinheiro que está financiando os protestos antissemitas nos campi universitários, os protestos pró-fronteiras abertas em Los Angeles e outras cidades, e esses protestos No Kings. Qualquer um que esteja apoiando tumultos e violência, ela permite que você vá atrás do dinheiro”, disse Cruz.
“Eu instei tanto [a procuradora-geral] Pam Bondi, do Departamento de Justiça [DOJ], quanto Kash Patel, [diretor] do FBI, a processar aqueles que estão assinando cheques, financiando atos de violência, violência política ou outros em todo o país”, afirmou o senador.
Em agosto, Trump disse que Soros e o filho dele, Alexander, deveriam ser processados com base na Rico “por seu apoio a protestos violentos”.
George Soros foi o fundador da Open Society Foundations, conhecida por apoiar causas progressistas em todo o mundo, e o atual presidente do conselho da organização é Alexander Soros, que substituiu o pai em 2023.
Em agosto, um porta-voz da Open Society Foundations disse ao site Axios que as acusações de Trump “são ultrajantes e falsas” e alegou que a organização “não apoia nem financia protestos violentos”.
Em setembro, depois que o ativista conservador Charlie Kirk foi assassinado, o jornal The New York Times informou que o DOJ está preparando a abertura de investigações contra Soros.