domingo , 21 setembro 2025
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Sem liberdade de ir e vir: EUA fazem STF experimentar o próprio veneno

Acabou a farra do jet-set jurídico. Os ministros do STF adoram posar como cidadãos do mundo e acumular milhas aéreas para desfilar em palcos internacionais. Mas hoje não podem passar pela fila de imigração do destino favorito de muitos deles, os Estados Unidos.

Desde julho, oito dos onze magistrados perderam o visto americano por decisão do governo Trump. O presidente americano deixou claro o motivo: punição pelas perseguições judiciais, violação da liberdade de expressão e “caça às bruxas” contra políticos, empresas e cidadãos, brasileiros e americanos.

A julgar pela agenda recheada de eventos nos EUA em anos anteriores, Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte, é quem mais deve estar sentindo o golpe. O ministro sempre fez questão de aparecer em Harvard, Yale, Stanford e Princeton, falando em inglês sobre democracia, tecnologia e desinformação. Quis o destino que justamente ele, que comprou um apartamento de frente para o mar em Miami por mais de R$ 22 milhões, não possa mais colocar os pés em sua varanda com vista para o Atlântico. Sobraram a frustração e o condomínio de R$ 15 mil por mês para um apartamento vazio.

Magistrados “globais” obrigados a cuidar do próprio jardim

Gilmar Mendes, outro ministro que se considera “magistrado global” e adora circular na Europa, também perdeu o glamour de Nova York. Cármen Lúcia, que já discursou na ONU, idem. Sobrou também para os parentes. O filho de Barroso, que trabalhava no BTG em Miami, foi aconselhado pelo pai a não voltar aos EUA depois de uma temporada na Europa. Por certo, alguma fonte revelou que ele seria barrado na alfândega.

Reportagem de Fabio Calsavara nesta Gazeta do Povo apontou alguns do principais eventos que ficarão esvaziados da presença de magistrados brasileiros.

Curiosamente, os ministros já debocharam de quem achava que, algum dia, eles poderiam perder os vistos para entrar nos EUA. Em 2024, logo após a vitória de Trump, fizeram piada sobre quem seria o primeiro a perder o visto. Sem se darem conta, era uma piada pronta. Barroso, agora, precisa se contentar em “cuidar do próprio jardim”. Uma frase ele mesmo usou para negar ordens extraterritoriais, embora os fatos mostrem que o STF mandou, sim, censurar plataformas nos EUA e até prender cidadã americana.

Aqui se faz, aqui se paga, é o ditado popular. A justiça da vida faz o STF experimentar um pouco do próprio veneno. Enquanto cidadãos comuns são censurados e punidos no Brasil por posts em redes sociais, os ministros descobrem o sabor amargo de ter a liberdade restringida por uma potência estrangeira. Aqueles que se julgavam cidadãos do mundo têm de se conformar em cuidar do próprio jardim, que, diga-se de passagem, anda repleto de ervas judiciais daninhas.

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