O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu uma das vitórias mais importantes do segundo mandato nesta quinta-feira (3) com a aprovação de seu plano fiscal na Câmara dos Representantes, após horas de paralisação com um discurso recorde do líder da minoria, o democrata Hakeem Jeffries, e meses de divergências entre os republicanos sobre pontos-chave da proposta.
Com a votação finalizada em 218 contra 214 votos desfavoráveis, o republicano conseguiu manter sua legenda alinhada, cumprindo o prazo de 4 de julho que ele mesmo deu para os legisladores discutirem e avançarem com o plano fiscal.
O megaprojeto orçamentário, apelidado pelo presidente de “Grande e belo projeto de lei” garante a eliminação de impostos, o financiamento das políticas de segurança nacional e imigração e a redução dos gastos com a rede de previdência social.
O presidente da Câmara, Mike Johnson, discursou após a conclusão da votação, afirmando que, “com um projeto de lei grande e bonito, vamos tornar este país mais forte, mais seguro e mais próspero do que nunca, e todos os americanos se beneficiarão disso”.
“Hoje, estamos lançando uma pedra fundamental da nova era de ouro dos Estados Unidos”, acrescentou o aliado de Trump.
Principais pontos do plano fiscal
O plano fiscal de Trump é visto como uma extensão de seu primeiro mandato. Um dos principais pontos do projeto é o corte de impostos sobre gorjetas e Previdência Social. A proposta também aumenta o teto de dedução do imposto estadual e local (Salt, na sigla em inglês).
O plano fiscal do presidente americano inclui o financiamento de suas políticas migratórias, um tema central de sua campanha nos dois mandatos. O pacote orçamentário aprovado garante um aumento de US$ 150 bilhões em financiamento para a construção do muro na fronteira com o México, fiscalização da imigração e deportações.
A área de defesa também será beneficiada com os novos gastos aprovados pelo Congresso. O plano fornece US$ 150 bilhões em novos gastos com segurança nacional para prioridades como construção naval e para o projeto de defesa antimísseis chamado “Golden Dome“, semelhante ao Domo de Ferro de Israel.
O megaprojeto também elimina incentivos que promovem a energia verde e expande a produção doméstica de petróleo, carvão e gás natural.