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Rascunhos de textos da COP30 frustram ao não abordar abandono de combustíveis fósseis

As primeiras versões dos acordos que serão firmados, nesta sexta-feira (21), durante o encerramento da COP30 deixaram de fora qualquer menção sobre reduzir a dependência dos combustíveis fósseis — tema central da conferência.

O tema deveria fazer parte do documento batizado de “Decisão Mutirão” pela presidência, que aborda compromissos a respeito do financiamento climático, transição energética e adaptação de países às mudanças climáticas.

A discussão deveria constar na sugestão de um mapa do caminho para o abandono de combustíveis fósseis. O tema chegou a constar em uma primeira versão do texto, mas segundo apuração do jornal, a pauta não ganhou tração entre os países.

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De forma muito breve, a última versão divulgada citava que a transição energética é necessária, mas sem citar caminhos claros ou endereçar o real problema. “Reconhece que a transição global para diminuir as emissões dos gases de efeito estufa e o desenvolvimento resiliente ao clima é irreversível e tendência do futuro”, destaca trecho do documento.

Na noite da quinta-feira (20), mais de 30 países se pronunciaram contra a Presidência da conferência, afirmando que não apoiariam um texto final que deixe de fora o debate sobre uma transição global que diminua a dependência dos combustíveis fósseis.

Em coletiva de imprensa convocada pela Colômbia nesta sexta-feira, o dirigente da ONU Juan Carlos Monterrey-Gómez destacou que “crianças do ensino primário estão lendo textos que têm mais base na ciência e na realidade” que os documentos produzidos na COP30 e que “um texto sobre clima que não consegue mencionar combustíveis fósseis é um texto sem compromisso com a verdade”.

“Essa COP não pode terminar sem um roadmap claro, justo e equitativo para a eliminação gradual global dos combustíveis fósseis. Não estamos pedindo um documento vazio, ou um anúncio vazio. Acreditamos que há um consenso emergindo das pessoas ao redor do mundo. E nós, líderes, como os responsáveis pelas decisões que irão impactar as gerações futuras, temos a responsabilidade moral de ecoar as demandas por justiça climática e pela eliminação dos combustíveis fósseis”, disse Velez-Torres.

O que consta nos rascunhos

Transição justa

A transição justa para uma economia de baixo carbono foi destaque nas primeiras versões. O texto elenca que a transição deve acontecer de forma equitativa, inclusiva e adaptada para a realidade de cada país signatário. O trecho destaca que esse resultado só será viável se países mobilizarem um cooperação internacional eme torno do objetivo.

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Mitigação da crise climática

O texto também destaca a necessidade de aumentar os esforços em torno de ações de mitigação da crise climática ainda nesta década, para que se mantenha a meta de aquecimento global abaixo dos 2 °C.

Desafios estruturais e contenção de perdas e danos

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O documento destaca, por fim, os desafios estruturais impostos pelos limites financeiros dos financiamentos atuais e o não cumprimento da meta anual de mobilização de US$ 300 milhões.

Um trecho também destaca que o Fundo para Resposta a Perdas aponta prioridades para 2026, como políticas de pequenos subsídios e estratégias de mobilização de recursos para que sejam criados mecanismos de desembolso rápido da verba. O texto enfatiza a necessidade de maior agilidade na aprovação, a fim de evitar barreiras democráticas — mas mantendo os mesmos padrões confiança legal e transparência.

*Com informações de agências

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