O ditador da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta segunda-feira (29) um decreto para convocar 135 mil homens para o serviço militar obrigatório. Trata-se da maior campanha de recrutamento desde 2016, medida que reforça o aparato bélico do Kremlin em meio à guerra contra a Ucrânia. Segundo o decreto, a convocação vai vigorar entre 1º de outubro e 31 de dezembro deste ano.
De acordo com o chefe da direção de mobilização do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Vladimir Tsimlianski, a chamada não está relacionada diretamente à “operação militar especial”, como Moscou insiste em classificar a invasão à Ucrânia.
A previsão é que os jovens convocados sirvam durante um ano em bases dentro do território russo, ainda que relatos anteriores tenham apontado o envio de recrutas ao front de batalha.
Desde o início da invasão contra a Ucrânia, Putin aumentou os gastos militares na Rússia a níveis recordes nunca vistos desde a era soviética e ampliou o contingente ativo de militares. Só em setembro do ano passado, ele determinou que o Exército chegasse a 1,5 milhão de soldados.
Também desde 2022, o número de recrutas do exército russo vem crescendo a uma taxa média de 5% ao ano. Analistas apontam que, mesmo que os convocados não sejam imediatamente enviados ao campo de batalha, a experiência adquirida no treinamento facilita futuras mobilizações em caso de necessidade de reposição de tropas.