sexta-feira , 11 julho 2025
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PSOL pede prisão de Eduardo Bolsonaro e alega “segunda etapa do 8 de janeiro”

O PSOL pediu a prisão do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nesta quinta (10), à Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostamente conspirar contra o Brasil, que teria resultado na decisão do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, de taxar os produtos brasileiros em 50% exportados para lá.

No pedido à PGR, o partido afirma que o parlamentar “atenta contra a soberania nacional” e que a suposta conspiração seria uma “segunda etapa do 8 de janeiro”, em referência aos atos violentos que levaram à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

“Atenta contra a soberania nacional e tenta sabotar as instituições brasileiras em uma atuação de lobby contra o Brasil com ações anti-diplomáticas equiparáveis a uma declaração de guerra, tamanho potencial de efeitos econômicos negativos”, disse Paula Coradi, presidente nacional do partido.

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Ela afirma que Eduardo Bolsonaro fugiu do país para articular medidas “que prejudicam a economia nacional”, e que a “hipocrisia dos autointitulados patriotas que batem continência para a bandeira dos Estados Unidos ficou escancarada”.

“O lobby da família Bolsonaro nos EUA integra uma segunda etapa do 8 de janeiro, pois, após não conseguirem depor pela força o governo eleito, buscam agora alianças externas para pressionar e prejudicar economicamente o Brasil”, ressaltou.

Ainda de acordo com ela, esse suposto “lobby” estaria tentando chantagear o Brasil com uma “sabotagem internacional às nossas instituições”. “Isso é crime, não pode passar batido”, completou.

O partido pede que Eduardo Bolsonaro responda pelos crimes de atentado à soberania nacional, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Além da prisão do parlamentar, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) pediu na Justiça o bloqueio de bens, doações, contas bancárias e perfis em redes sociais de Eduardo Bolsonaro, além do indiciamento pelo crime de lesa-pátria.

“Eduardo Bolsonaro foi responsável por articular os ataques e as tarifas aplicadas por Trump contra o Brasil. E agora ele está organizando, nas redes sociais, um movimento para agradecer Trump e incentivar novos ataques contra o nosso país. Mesmo escondido nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro segue tendo um patrimônio milionário em nosso país e recebendo um salário de quase R$ 50 mil da Câmara dos Deputados. Além disso, ele recebe doações de apoiadores e dinheiro de venda de cursos de teor extremista”, disse.

O tom do PSOL contra a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornou a tônica dos membros e aliados do governo, como mencionaram publicamente o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Fernando Haddad (PT), da Fazenda.

Alckmin afirma que “esse clã, mesmo fora do governo, continua trabalhando contra o interesse brasileiro e contra o povo brasileiro. Antes era um atentado à democracia, e agora é um atentado à economia, prejudicando as empresas e os empregos”.

Já Haddad pontuou que “isso é assumido publicamente pela pessoa que está nos Estados Unidos, em nome da família Bolsonaro, conspirando contra o Brasil e ameaçando o país, dizendo que, se não houver anistia, a situação tende a piorar”.

Entre os argumentos utilizados por Trump para sobretaxar as importações brasileiras está o que seria uma perseguição política a Bolsonaro no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Para ele, o Brasil promove uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente, descrevendo a situação como “uma vergonha” e exigindo que o processo judicial contra o ex-presidente seja encerrado.

O norte-americano também justificou a imposição das tarifas alegando prejuízos econômicos e denunciando supostas “ordens secretas e ilegais” contra plataformas de mídia nos Estados Unidos que, diz, violariam a liberdade de expressão.

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