segunda-feira , 25 agosto 2025
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Preocupação com a violência aumenta e governo vê PEC da Segurança parada

A mais nova rodada da pesquisa Quaest de avaliação do governo divulgada nesta quarta (20) mostra que a preocupação com a violência voltou a subir e é a principal dos brasileiros nos dias de hoje, com a opinião de 26% dos entrevistados. O aumento da sensação de insegurança condiz com a dificuldade da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em fazer avançar a chamada “PEC da Segurança”, tida como uma das principais bandeiras do petista nesta terceira gestão.

A própria desaprovação a Lula ainda é grande, e alcança 51% dos entrevistados. Embora esteja caindo em relação a pesquisas anteriores, ainda é maior que a aprovação.

A Quaest ouviu 2.004 pessoas em 120 municípios brasileiros entre os dias 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

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A PEC vem sendo articulada pelo governo desde o ano passado para aumentar o poder da União na segurança pública – uma atribuição constitucional dos estados e do Distrito Federal. Mas, está parada desde julho quando o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou a criação de uma comissão especial para analisá-la.

A comissão, no entanto, ainda não saiu do papel. Para o deputado federal Alberto Fraga (PL-DF), que integra a Comissão de Segurança Pública da Câmara, a demora expõe a falta de articulação política do governo – o que acaba agravando a sensação de insegurança da população.

“Aqui tudo demora, depende do presidente da Casa e do colégio de líderes. Eu mesmo acabei de cobrar os nomes da minha bancada para enviar à Mesa e agilizar a instalação. Mas seguimos sem resposta”, disse em entrevista à Gazeta do Povo na terça (19).

Para Fraga, a proposta enviada pelo governo não apenas está atrasada, como também é insuficiente para enfrentar o problema. O deputado afirma que “não existe um artigo, um parágrafo que combata o crime organizado”, e que o governo a vendeu como uma solução para os problemas da segurança sem trazer “absolutamente nada de concreto”.

Alberto Fraga sustenta que a demora é grave diante da expansão das facções criminosas no país, tanto que investigações apontam a participação de membros do crime inclusive na política.

“O crime organizado já estendeu seus tentáculos em vários setores da política e da gestão pública, e o governo segue desorganizado, sem oferecer resposta”, pontuou.

Embora a Comissão de Segurança Pública tenha maioria conservadora, o deputado reconhece que a dificuldade maior está em levar os projetos ao plenário. Fraga diz que não adianta aprovar dezenas de projetos se eles ficam engavetados, mas que “o ideal é construir consensos para que o presidente da Casa paute e a gente consiga votar com urgência”.

Na avaliação do parlamentar, a PEC da Segurança representa um fracasso de articulação em um tema considerado prioritário pela população. Enquanto a comissão não é instalada, o projeto segue parado, assim como outras propostas sobre segurança que se arrastam há quase duas décadas no Congresso.

“Existem PECs muito mais importantes para o combate à criminalidade do que essa piada enviada pelo governo. Mas a verdade é que tudo aqui anda em ritmo lento. E quem perde é a população brasileira”, concluiu.

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