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O governo minoritário do premiê japonês Shigeru Ishiba, do Partido Liberal Democrata (PLD) deverá perder o controle do Parlamento da Câmara Alta, apontam pesquisas de boca de urna após o fechamento das zonas eleitorais.
De acordo com a emissora pública japonesa NHK, a coalização entre o PLD e o partido Komeito deverá garantir entre 32 e 51 assentos dos 248 lugares no Parlamento. Caso o resultado se concretize e o governo garanta menos de 46 assentos, este seria o pior desempenho da coalizão desde sua formação em 1999.
A aumento no preço do arroz, a inflação e o anúncio das tarifas de 25% dos EUA sobre os produtos japoneses têm feito grande pressão sobre o governo conservador de Ishiba, no cargo há pouco menos de um ano, e que já havia perdido o controle da Câmara Baixa no pleito de outubro de 2024.
Apesar da instabilidade, especialistas políticos no Japão acreditam que a queda do governo é pouco provável, já que os governistas estão em meio a uma negociação tarifária com Donald Trump. Por outro lado, a administração de Ishiba sairia muito enfraquecida, e seria obrigada a buscar alianças com partidos adversários para poder formar uma maioria e garantir a governabilidade do governo japonês.
O Partido Liberal Democrata, do premiê japonês Shigeru Ishiba, tem dominado a política japonesa desde o fim da Segunda Guerra Mundial, mas perdeu apoio popular nos últimos anos, principalmente entre jovens. Com isso, legendas como a Sanseito, de agenda nacionalista, e o Partido Democrático Constitucional do Japão (CDP), do principal líder oposicionista, Yoshihiko Noda, hoje são forças consideráveis no jogo político japonês.
