segunda-feira , 25 agosto 2025
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Política em foco: protestos contra Lula e Moraes agitam cenário e PT prepara transição

Dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas do Brasil neste domingo (3). Eles pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes e a queda do presidente Lula. Paralelamente, o PT anunciou a preparação para um futuro sem Lula como principal candidato. Além disso, uma nova pesquisa Datafolha revelou um empate técnico de Lula com Bolsonaro e Tarcísio nas intenções de voto para 2026.

Manifestações unem multidões contra Moraes e Lula

Milhares de pessoas lotaram a Avenida Paulista, em São Paulo, e outras capitais neste domingo (3). Os atos foram organizados pelo movimento “Reaja Brasil” e aconteceram em mais de 30 cidades. As principais bandeiras eram o impeachment de Moraes e a queda de Lula.

O ex-presidente Jair Bolsonaro não compareceu aos atos. Ele cumpre medidas cautelares impostas pela Justiça, que incluem uso de tornozeleira eletrônica e proibição de usar redes sociais. Lideranças da oposição comemoraram o grande número de participantes. O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, disse ter visto a Paulista “muito lotada”.

A mobilização ganhou força após os Estados Unidos aplicarem sanções contra Moraes. A Lei Magnitsky — legislação americana que pune violadores de direitos humanos — impede o ministro de entrar em território americano. O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) comparou Moraes ao Primeiro Comando da Capital (PCC) por causa da sanção. O ministro também foi criticado por ter feito um gesto obsceno durante um jogo de futebol.

O deputado Marco Feliciano (PL-SP) destacou que a oposição podia dar voz a Bolsonaro. “Jair Bolsonaro não pode falar, mas nós podemos falar por ele”, declarou. Nikolas Ferreira (PL-MG) fez uma videochamada com Bolsonaro durante o ato. O deputado afirmou que Bolsonaro “não pode falar, mas pode ver”.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro liderou o protesto em Belém, no Pará. Ela celebrou o que chamou de “fim da censura” e a “reação às injustiças”. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o governador Claudio Castro (PL-RJ) participaram do ato em Copacabana, no Rio de Janeiro. Flávio classificou a sanção americana contra Moraes como “vergonha brasileira”.

Em Goiânia, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) declarou que “o tempo do medo acabou”. O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores, criticou a ausência de governadores considerados presidenciáveis. Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) justificou sua ausência alegando um procedimento médico. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), participou dos atos.

O cientista político Elias Tavares avalia que os governadores evitam “desgaste político”. Segundo ele, eles miram uma articulação de centro-direita para o futuro.

Oposição pressiona por anistia e impeachment no Congresso

Os manifestantes também pediram anistia para os presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Nikolas Ferreira pressionou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que coloque em votação o projeto de anistia. Motta foi vaiado na Paulista e chamado de “inimigo da nação” pelos manifestantes. Ele é acusado pela oposição de obstruir o projeto. Motta defendeu o diálogo e disse ser contra misturar diferentes pautas.

A oposição espera que a mobilização ajude a aprovar a anistia. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), cobrou a anistia como prioridade. Ele pediu que os partidos Progressistas e União Brasil se unam à oposição na votação.

Nikolas Ferreira anunciou que apresentará novo pedido de impeachment de Moraes. Ele cobrou que os senadores “expulsem” o ministro do STF. Uma nova manifestação está marcada para 7 de setembro, Dia da Independência. O partido Novo também participou dos atos.

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PT prepara sucessão de Lula e presidente fala sobre reeleição

Edinho Silva assumiu a presidência nacional do PT neste domingo (3). Ele destacou a necessidade de preparar o partido para um futuro sem Lula como candidato. Lula deve buscar a reeleição em 2026, o que seria seu último mandato político pelos limites da Constituição.

O PT não tem um nome forte para suceder Lula atualmente. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é apontado como sucessor natural. Edinho Silva defendeu que o “substituto” de Lula será o próprio PT organizado. Ele reconheceu o papel de Lula na reconstrução do partido após a Operação Lava Jato. A eleição de Edinho representa uma estratégia para ampliar o alcance político da sigla.

No mesmo dia dos protestos, Lula defendeu o retorno de políticos condenados por corrupção à vida pública. Ele citou José Dirceu, Delúbio Soares, João Vaccari Neto e José Genoino. As condenações deles na Lava Jato e no escândalo do Mensalão foram anuladas ou extintas pela Justiça.

Lula afirmou que sua candidatura à reeleição em 2026 dependerá de sua saúde. Ele disse não querer “passar pela mesma situação” que o presidente americano Joe Biden — que desistiu da disputa eleitoral por pressões sobre sua idade e capacidade.

O presidente também falou sobre o relacionamento com Donald Trump, que voltou à presidência dos Estados Unidos. Lula disse ter um “limite de briga” com os americanos. Trump impôs sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros e alegou perseguição política contra Bolsonaro. Ele também criticou decisões “secretas” de Moraes. Lula reconheceu as dificuldades para dialogar com Trump.

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Pesquisa Datafolha: Lula empata tecnicamente em 2026

Uma pesquisa do instituto Datafolha, divulgada no sábado (2), mostrou leve recuperação de Lula. Ele lidera o primeiro turno das eleições, mas empata tecnicamente no segundo turno. Os principais oponentes são Bolsonaro (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Lula tem 47% das intenções de voto contra 43% de Bolsonaro — diferença dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais. Contra Tarcísio, Lula marca 45% e o governador paulista 41%, também um empate técnico. A pesquisa testou sete cenários diferentes para o primeiro turno. A metodologia ouviu 2.004 eleitores em 130 municípios do país.

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Frase em destaque

“Jair Bolsonaro não pode falar, mas nós podemos falar por ele. Estamos representando os dois maiores políticos do Brasil: Jair e Eduardo Bolsonaro.”

Deputado Federal Marco Feliciano (PL-SP)

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