quarta-feira , 9 julho 2025
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Polícia francesa invade partido de Le Pen por suspeita de financiamento ilegal

A polícia da França, nesta quarta-feira (9), invadiu o partido de Marine Le Pen, o Reagrupamento Nacional (RN), para realizar buscas em uma investigação que apura suposto financiamento ilegal.

“Todos os e-mails, documentos e elementos de contabilidade do primeiro partido da oposição foram apreendidos, sem que nós saibamos, neste ponto, quais são precisamente as acusações”, declarou Jordan Bardella, presidente do RN e afilhado político de Le Pen, em sua conta na rede social X.

Bardella completa que a busca, realizada às 8h50 (horário local, 3h50 de Brasília), foi conduzida “por cerca de vinte policiais armados da Brigada Financeira, usando coletes à prova de balas, acompanhados por dois juízes de instrução”.

O deputado afirmou ainda que sabem apenas que a busca visa à “atividade eleitoral do partido” – tanto em campanhas regionais quanto presidenciais, legislativas e europeias – e consideram que a operação policial é uma manobra de “assédio”.

“Trata-se de um grave ataque ao pluralismo e à alternância democrática. Nunca antes um partido da oposição havia sido alvo de um ataque tão encarniçado sob a V [quinta] República”, criticou Bardella.

As suspeitas, segundo a imprensa francesa, se referem ao financiamento das campanhas eleitorais do partido direitista através de empréstimos de militantes ricos. Além disso, afirmam que pode ter havido faturas inflacionadas para aumentar os reembolsos do Estado ao partido, que nas eleições legislativas antecipadas de um ano atrás se tornou o segundo bloco com mais deputados na Assembleia Nacional (superado apenas pela coalizão dos partidos de esquerda) e o primeiro em termos de voto popular.

A investigação, que até agora não teve nenhuma prisão efetuada, foi aberta em 3 de julho, de acordo com o o jornal “Le Monde”, e está focada no período entre 2021 e 2024.

As novas buscas aprofundam as questões do partido no que diz respeito às suas contas. Em março, integrantes da legenda, incluindo Marine Le Pen, foram condenadas pelo uso fraudulento de 4,2 milhões de euros de fundos públicos do Parlamento Europeu.

Le Pen foi condenada a quatro anos de prisão, dois deles em regime fechado, embora possa cumpri-los em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Além disso, ficou inelegível para cargos públicos e eleitorais por cinco anos , cuja aplicação é imediata.

Embora possa manter seu atual assento na Assembleia Nacional, a pena implica que poderá ficar impedida de se candidatar às eleições presidenciais francesas de 2027, a menos que saia vitoriosa no processo de apelação, previsto para 2026.

Além disso, no início deste mês, o “Le Monde” divulgou a existência de outra investigação contra o RN por possíveis novas irregularidades financeiras na Câmara Européia.

Segundo essas informações, um novo relatório da direção-geral de finanças do Parlamento Europeu acusa o antigo grupo parlamentar direitista Identidade e Democracia (ID) – vigente entre 2019 e 2024 e do qual o RN fazia parte – de ter distribuído ilegalmente mais de 4,3 milhões de euros em doações a associações de vários países sem respeitar as regras sobre a utilização desses fundos.

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