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PF investiga desvio de recursos do MEC e mira ex-nora de Lula e ex-sócio de Lulinha

A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (12) uma operação para investigar o suposto desvio de recursos do Ministério da Educação (MEC). Entre os alvos da ação estão uma ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-sócio de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, na Gamecorp/Gol, empresa que foi investigada pela Lava Jato.

A informação foi revelada em uma série de reportagens do Estadão. Em nota, a PF informou que os investigados na Operação Coffee Break poderão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa.

Uma das investigadas é Carla Trindade, ex-mulher de Marcos Cláudio Lula da Silva, que é filho da ex-primeira-dama Marisa Letícia. De acordo com a investigação, ela teria sido contratada pelo empresário André Gonçalves Mariano, sócio da Life Tecnologia Educacional, para defender seus interesses junto ao governo federal.

Os investigadores consideram que Carla “parece ter, ou alega ter, influência em decisões do governo federal, notadamente no FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação]”. Segundo a apuração do Estadão, que teve acesso aos autos, Marcos Cláudio estava na casa da ex-mulher, em Campinas, quando a PF chegou ao local para cumprir mandados de busca e apreensão.

A investigação aponta que a Life Tecnologia Educacional fornecia kits de robótica e livros escolares para prefeituras do interior de São Paulo, entre elas, as prefeituras de Sumaré (veja nota oficial abaixo) e de Hortolândia. O vice-prefeito de Hortolândia, Cafu César (PSB), foi preso preventivamente pela PF. Os itens eram vendidos com valores superfaturados, que seriam desviados para empresas de fachada. Gonçalves foi preso durante a operação.

Outro alvo da ação policial foi o empresário Kalil Bittar, ex-sócio de Lulinha, que teria atuado para a mesma empresa. Alvo de busca e apreensão, Kalil é irmão de Fernando Bittar, um dos donos do sítio de Atibaia, investigado pela Lava Jato. De acordo com a PF, ele recebia uma “mesada” de Gonçalves para defender seus interesses junto ao governo.

“Em 28/11/2022, já após o segundo turno das eleições presidenciais de 2022 (30 de outubro de 2022), fica claro que Mariano passa a apostar abertamente na maior influência de Kalil em ‘novos ministérios’, ‘MEC’, ‘estados do PT’, dentre outros. É no mesmo período que Mariano passa a pagar uma ‘mesada’ para Kalil, por vezes utilizando a conta bancária da esposa/companheira deste último”, afirma a PF.

Operação Coffee Break mira lobistas, políticos, ex-nora de Lula e ex-sócio de Lulinha

Durante a Operação Coffee Break, a Polícia Federal cumpriu 50 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, expedidos pela 1ª Vara Federal de Campinas (SP), nos estados de São Paulo, Distrito Federal e Paraná.

A Justiça determinou a apreensão dos passaportes dos investigados. A investigação contou com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Militar de São Paulo.

“O desvio de verbas da educação pode ter um impacto significativo, pois impede que os recursos sejam aplicados em serviços educacionais essenciais para a população, especialmente nas escolas públicas que atendem comunidades de baixa renda”, destacou a CGU, em nota.

Em nota, a prefeitura de Sumaré disse ter recebido a equipe da PF para o cumprimento de mandado de busca e apreensão. “O procedimento tem como foco contratos firmados em 2020, referentes à gestão anterior, e não diz respeito a contratos celebrados pela atual administração”, destacou a prefeitura.

“O Executivo Municipal reforça que está colaborando de forma plena com as autoridades competentes, disponibilizando toda a documentação e informações solicitadas, com transparência e total respeito à legalidade. Ressalta-se que a medida possui caráter exclusivamente investigativo, sem qualquer conclusão ou juízo de valor sobre eventuais responsabilidades”, enfatizou a prefeitura de Sumaré.

Assessor de pasta comandada por Kassab foi alvo da PF

O ex-prefeito de Limeira, Mario Celso Botion, foi um dos alvos da PF. Ele era diretor de Convênios do escritório regional de Campinas da Secretaria de Governo, comandada por Gilberto Kassab (PSD). Em nota ao portal g1, a assessoria do ex-prefeito afirmou que a contratação dos materias ocorreu de “forma regular e transparente”.

“O processo da licitação de aquisição de soluções tecnológicas educacionais, que adquiriu Kits de robótica, material didático pedagógico, capacitação de professores e licença de uso de plataforma educacional, que ocorreu durante sua gestão, transcorreu de forma regular e transparente, observando todos os princípios legais que regem a administração pública, em especial os da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”, diz um trecho do comunicado.

Segundo a nota, “nenhum órgão de controle externo”, como o Ministério Público ou o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), “apresentaram apontamento de qualquer irregularidade por parte da Administração Pública durante a gestão”. Botion foi prefeito de Limeira entre 2017 e 2024 pelo PSD, partido presidido por Kassab, e assumiu a função na secretaria em julho. Ele pediu exoneração após a ação da PF.

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