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Petrobras muda rota de voos na Foz do Amazonas durante COP30 para evitar Belém

A Petrobras alterou a rota dos voos que transportam equipes de apoio e perfuração do primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, na costa de Oiapoque (AP). A estatal informou que os deslocamentos, antes realizados por Belém (PA), passaram a ter como base a capital do Amapá, Macapá, entre 26 de outubro e 30 de novembro, período que coincide com a realização da COP30. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

A justificativa oficial é logística. Em nota enviada ao jornal, a Petrobras afirmou que a definição das rotas “não tem relação com a COP30”, e que o planejamento considera fatores como “modal de transporte, otimização de malha e estratégias contratuais”.

No entanto, a alteração evita a operação aérea na capital paraense justamente durante o evento climático da ONU, que ocorre entre 10 e 21 de novembro, e terá reuniões preparatórias nos dias 6 e 7.

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A mudança foi comunicada a funcionários e prestadores de serviço envolvidos na perfuração do bloco 59, autorizado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em 20 de outubro.

A perfuração, conduzida pela sonda NS-42, tem como objetivo verificar a presença e a extensão de reservas de petróleo a 160 km da costa amazônica.

A Azul Linhas Aéreas, responsável pelos voos fretados, confirmou a alteração de rotas e destacou que o transporte é exclusivo para passageiros da Petrobras. “Todas as mudanças são previamente acordadas com o cliente e estão previstas em contrato”, disse a companhia à Folha.

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De acordo com registros da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), quatro voos — dois com destino e dois saindo de Oiapoque — começaram a operar em outubro, e, em novembro, passaram a ter predominância de rotas partindo de Macapá.

Exploração em foco

A perfuração na Foz do Amazonas ocorre em meio a críticas internacionais. O projeto é visto como contraditório aos compromissos assumidos na COP28, em Dubai, quando os países concordaram em avançar na transição energética e reduzir gradualmente o uso de combustíveis fósseis.

Em Oiapoque, a Petrobras mantém uma base logística para o transporte aéreo e o apoio técnico às operações. O aeroporto local passou a receber escritórios e movimentação intensa de helicópteros.

Segundo gestores locais, a expectativa com a exploração de petróleo tem provocado aumento de ocupações irregulares nas áreas próximas ao aeródromo e ao porto da cidade.

Com 180 profissionais embarcados na sonda NS-42, a Petrobras afirma que o projeto segue todas as normas ambientais e de segurança. A estatal sustenta que a exploração “é compatível com a transição energética e a necessidade de segurança no abastecimento nacional”.

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