O governo da Colômbia reagiu nesta terça-feira (28) a nova operação naval dos Estados Unidos no Pacífico, que terminou com 14 mortos em ataques contra embarcações associadas ao narcotráfico. O presidente Gustavo Petro classificou as ações como “assassinatos” e acusou Washington de “desrespeitar tratados internacionais”.
“Eles são assassinados. Eles violam os tratados internacionais do direito das pessoas. Não se pode fazer uso desproporcional da força, as baixas se tornam assassinatos”, escreveu Petro em sua conta no X. O presidente acrescentou que “se América Latina e Caribe não se unirem contra a arbitrariedade no Caribe e nas terras de Bolívar, serão sempre párias”.
A resposta veio após o secretário de Guerra dos Estados Unidos, Pete Hegseth, anunciar que militares americanos atacaram quatro barcos em águas internacionais, frente à costa colombiana. Segundo ele, oito narcoterroristas morreram no primeiro confronto, quatro no segundo, e outros dois no terceiro, enquanto um sobrevivente foi detido. Nenhuma informação foi divulgada sobre o quarto alvo.
De acordo com o Pentágono, esta foi a 11ª operação desde o lançamento, em setembro, da ofensiva marítima ordenada pelo presidente Donald Trump contra o tráfico de drogas no Caribe e no Pacífico. As ações já resultaram em cerca de 60 mortes, segundo dados oficiais.
As declarações de Petro surgem num momento de forte tensão diplomática com Washington. Na semana passada, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos incluiu o presidente colombiano, sua esposa Verónica Alcocer, seu filho Nicolás Petro e o ministro do Interior, Armando Benedetti, na “Lista Clinton”, administrada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac). O governo americano os acusa de envolvimento em esquemas de narcotráfico.
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