Por inciativa de Magno Malta (PL-ES), alguns senadores e deputados de oposição se acorrentaram à mesa do plenário do Senado nesta quarta-feira (6), em um protesto pela abertura do processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os parlamentares avisaram que o ato é uma demonstração ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), da determinação de não deixar o local enquanto suas demandas não forem atendidas.
Estamos no limite!
Medidas extremas para situações extremas.
Chega de violações de direitos humanos. pic.twitter.com/FtvhzYBsef— Damares Alves (@DamaresAlves) August 6, 2025
O protesto, caracterizado pela liderança da oposição no Congresso como uma tentativa de busca por maior visibilidade, tem como meta pressionar a presidência. Além disso, os oposicionistas exigem a votação do projeto de anistia dos condenados do 8 de janeiro, na Câmara dos Deputados. O movimento foi motivado pela decisão de Alexandre de Moraes, que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) na segunda-feira (4).
Desde o início da semana, parlamentares aliados do ex-presidente têm ocupado fisicamente as mesas diretoras de ambas as casas legislativas, bloqueando as sessões plenárias.
No plenário da Câmara, deputados foram flagrados realizando atividades cotidianas, como tomar café da manhã sobre a Mesa Diretora, em ato de obstrução. Entre eles estavam Gustavo Gayer (PL-GO), Carlos Jordy (PL-RJ), Rodolfo Nogueira (PL-MS), Alberto Fraga (PL-DF) e o líder da oposição, Luciano Zucco (PL-RS).
Paralisação contra Alexandre de Moraes pode atrapalhar votações importantes
Em resposta, Alcolumbre tem evitado confrontos diretos. Ele tem mantido contato com senadores e presidentes de comissões, solicitando a presença em suas agendas para assegurar a continuidade das atividades legislativas e preservar a imagem institucional do Senado.
Apesar da paralisação, as comissões técnicas, como as de Constituição e Justiça (CCJ), Direitos Humanos (CDH), Meio Ambiente (CMA), Ciência e Tecnologia e Esportes (CEsp), mantêm suas atividades, realizando deliberações e audiências públicas.
Contudo, a situação pode causar impactos negativos, como o risco de perda da validade de um projeto de lei que prevê isenção do Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos (R$ 3.036), caso não seja votado até o dia 11.