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O Paraguai reconheceu nesta sexta-feira (22) o Cartel de los Soles, grupo narcotraficante vinculado ao ditador venezuelano Nicolás Maduro, como uma organização terrorista internacional.
A medida, que já tinha sido anunciada há dois dias pelo presidente paraguaio, Santiago Peña Nieto, foi confirmada após decretado assinado pelo mandatário.
O texto diz que “A organização criminosa transnacional conhecida como ‘Cartel dos Sóis’ é designada como organização terrorista internacional. O Ministério das Relações Exteriores a endossa”.
O pedido para a designação do cartel como terrorista já havia sido pedido pelo Senado paraguaio, através de uma medida de urgência.
A medida havia sido aprovado pelo parlamentar Alfonso Noria, do partido Honor Colorado (HC), que apontou os riscos para o país decorrentes dos fluxos financeiros, da lavagem de dinheiro e da infiltração de redes criminosas em suas fronteiras.
Com a designação, para o Paraguai, o cartel vinculado aos chavistas é igualado ao grupo terrorista Hezbollah, Hamas e a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, reconhecidos como organização terrorista internacional.
No início deste mês, o governo americano, liderado pelo presidente Donald Trump, anunciou que aumentaria a recompensa por informações que levassem a captura de Maduro — para o valor recorde de US$ 50 milhões (R$271 milhões). O valor é maior do que a Casa Branca ofereceu pelo líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden , que durante anos foi o inimigo público número um dos Estados Unidos.
As relações entre Caracas e Washington ficaram ainda mais tensas nesta semana, devido à decisão dos Estados Unidos de enviar às águas do Caribe próximas do país sul-americano três navios de guerra para pressionar Maduro.
Na terça-feira (19), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os Estados Unidos estão preparados para “usar todo o poder americano” para levar à Justiça “os responsáveis” por traficar drogas para o país, em recado direto ao ditador venezuelano.
Além disso, na última quinta-feira a Embaixada dos Estados Unidos na Venezuela divulgou um alerta para que cidadãos americanos não viajem ao país sul-americano.
