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ONU diz que embargo dos EUA “agravou” crise em Cuba

A relatora especial da ONU para os efeitos negativos de sanções unilaterais, Alena Douhan, afirmou nesta sexta-feira (21), em Havana, que as medidas impostas pelos Estados Unidos contra Cuba “agravaram substancialmente a situação humanitária” na ilha. A declaração foi feita em entrevista coletiva na sede do Escritório do Coordenador Residente das Nações Unidas em Cuba.

Douhan, que está na ilha comunista desde a semana passada para avaliar o impacto das sanções econômicas, comerciais e financeiras impostas por Washington há mais de seis décadas, disse que as medidas dos EUA foram “desenhadas para impedir que Cuba receba receitas, especialmente em divisas”. A relatora acrescentou, contudo, que o cenário atual não se explica apenas pelo embargo, citando também a crise econômica interna, eventos climáticos, a pandemia de covid-19 e problemas estruturais do próprio regime cubano.

Douhan defendeu em seu relatório preliminar que os Estados Unidos deixem de usar as sanções e a designação de Cuba como país patrocinador do terrorismo como “instrumento político”.

Durante a semana, a relatora se reuniu com representantes do regime comunista, empresas estatais, universidades e organismos internacionais. Autoridades cubanas afirmaram que o embargo é o “principal obstáculo” ao desenvolvimento e contabilizaram prejuízos bilionários em áreas como geração de energia e turismo.

Conforme destacou o portal CiberCuba, centenas de cubanos criticaram, contudo, o regime comunista por atribuir a crise exclusivamente ao embargo dos EUA, apontando corrupção, má gestão e prioridades distorcidas – como a construção de hotéis de luxo enquanto faltam alimentos, medicamentos, combustível e serviços básicos. Diversos cubanos denunciaram, segundo o portal, que a deterioração de usinas elétricas e a incapacidade de obter peças se deve, em grande parte, ao não pagamento a fornecedores internacionais, e não a restrições externas.

Em paralelo, opositores pediram que Douhan também escute os presos políticos, a maioria jovens detidos durante protestos de 2021, profissionais de saúde que não conseguem receber o dinheiro de missões no exterior e comunidades que enfrentam apagões prolongados e infraestrutura em colapso.

O relatório final da relatora será apresentado em setembro de 2026 ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.

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