O ministro das Relações Exteriores e Comércio da Hungria, Péter Szijjártó, disse na Assembleia Geral da ONU que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “é a única esperança para a paz na Ucrânia”, apesar do fato de que “muitos na Europa minam os seus esforços”.
Em um discurso repleto de ataques à União Europeia (UE) e elogios a Trump, em que ele até parafraseou o slogan do líder americano ao defender que é preciso “tornar a Hungria grande novamente”, Szijjártó lembrou que seu país “tem sofrido as consequências” da guerra na Ucrânia diariamente como resultado da transferência de pessoas deslocadas.
O representante húngaro denunciou o fato de que “a UE optou por uma estratégia fracassada” e afirmou que “o pacote de avaliações da UE não cumpriu de forma alguma as expectativas, causou mais danos à economia europeia do que à economia russa”.
Nessa linha, o ministro expressou apoio às tentativas de Trump de negociar com Moscou e disse esperar que o presidente dos EUA “não desista de seus esforços”.
“Continuaremos a apoiar conversas de alto nível entre a Rússia e os Estados Unidos”, acrescentou.
Szijjártó comentou que “o mundo enfrenta o risco de uma eclosão da Terceira Guerra Mundial” e defendeu uma “cooperação internacional” para evitá-la.
O ministro húngaro, que faz parte do governo de direita do primeiro-ministro Viktor Orban, criticou duramente a política de migração da União Europeia, dizendo que “a migração ilegal tem um impacto muito negativo na sociedade”, citando como exemplos o “antissemitismo moderno” e as “guerras de gangues”.
Ele também usou o palco da Assembleia Geral da ONU para criticar uma “corrente liberal extrema que ataca a família”.