domingo , 15 junho 2025
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Na escalada do conflito entre Israel e Irã, mortos chegam a 81 e feridos a quase 400

Os lançamentos de mísseis iranianos (até o momento, quatro ondas entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado) mataram três pessoas em Tel Aviv, Israel, e feriram mais de 70. Já no Irã, o balanço oficial da ofensiva israelense até o momento é de 78 mortos e 320 feridos, de acordo com o representante do Irã nas Nações Unidas, Saeed Iravani. Segundo informações da rede de televisão local Press TV e o jornal iraniano Tehran Times, ainda não confirmadas oficialmente, 60 pessoas teriam morrido após o desabamento de um prédio residencial em Teerã, atingido por mísseis israelenses na noite de sexta.

Na madrugada deste sábado (14), um míssil lançado pelo Irã atingiu um complexo de casas residenciais perto de Rishon LeZion, ao sul de Tel Aviv, matando duas pessoas e deixando vários feridos, de acordo com um comunicado atualizado da Magen David Adom, a agência de resposta a emergências de Israel. Além das duas vítimas dos ataques iranianos a Rishon Lezion, mais uma pessoa perdeu a vida em Ramat Gan.

Várias casas também foram gravemente danificadas no ataque. Ao longo de toda a madrugada, foi possível ouvir explosões e sirenes dos serviços de emergência em toda região de Tel Aviv e arredores.

Em resposta, o exército israelense lançou mais uma ofensiva contra o Irã, desta vez com foco nos sistemas de defesas aéreas e lançadores de mísseis de Teerã, capital iraniana, e também instalações nucleares. Ao menos 150 alvos teriam sido atingidos, numa operação que envolveu 70 caças e drones.

Segundo porta-voz da Força Aérea Israelense, Effie Defrin, o objetivo da missão foi garantir o acesso das aeronaves israelenses à capital iraniana. “Teerã não está mais imune; a capital está exposta a ataques israelenses”, acrescenta. Do lado iraniano, as informações das redes estatais de notícias contabilizam 320 feridos e 78 mortos, incluindo nove especialistas do programa nuclear iraniano, e oficiais do exército.

Sob justificativa de que o Irã estava chegando a um “ponto sem retorno” rumo à bomba atômica, desde a última quarta-feira as Forças Armadas de Israel lançaram um ataque sem precedentes em solo iraniano, atingindo mais de 200 instalações nucleares e militares e matando a cúpula militar do país, além de cientistas envolvidos no programa nuclear iraniano.

Israel mira instalações nucleares

Entre os alvos principais de Israel estão as instalações nucleares iranianas na cidade de Isfahan, um dos principais centros do programa nuclear iraniano, que fica a cerca de 350 quilômetros a sudeste de Teerã e emprega milhares de cientistas nucleares. Também abriga três reatores de pesquisa e laboratórios chineses associados ao programa atômico do país. Outra cidade atingida foi Natanz, ao sul de Teerã, que abriga duas usinas de enriquecimento de urânio, sendo uma subterrânea e usada para enriquecer o componente em escala comercial.

Segundo Israel, tanto as instalações nucleares de Isfahan quanto as de Natanz teriam sofrido “danos significativos” por conta dos ataques israelenses – já o Irã defendeu que os danos foram “limitados” e não comprometeram o funcionamento das instalações. Mais tarde, a agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que a usina nuclear iraniana em Isfahan foi danificada nos bombardeios israelenses e que uma das infraestruturas afetadas é a de processamento de urânio.

A agência da ONU detalhou que, de acordo com suas informações, quatro prédios importantes em Isfahan foram danificados nos ataques de sexta-feira, incluindo a usina onde o minério de urânio é transformado no gás que é então enriquecido para fazer combustível nuclear.

Outros alvos das Forças de Defesa de Israel (FDI) em solo iraniano incluem  as usinas de enriquecimento de urânio subterrâneo em Fordow, localizada a cerca de 32 quilômetros a nordeste da cidade de Qom, o aeroporto de Mehrabad, em Teerã, e várias bases militares.

Vídeos enviados ao jornal The New York Times mostraram uma espessa fumaça preta saindo do Aeroporto Internacional de Mehrabad. O aeroporto é usado tanto para fins militares quanto civis, e abriga hangares militares, que foram os alvos atacados por Israel. Sites de rastreamento de voos mostraram vários aviões iranianos decolando do aeroporto de Teerã na manhã de sábado, no que seria uma tentativa de realocar aeronaves para aeroportos mais seguros para evitar ataques israelenses.

Ataques devem se intensificar

Nos próximos dias, os ataques de Israel contra o Irã podem aumentar ainda mais. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou no sábado que os ataques israelenses deste sábado contra as forças de defesa antiaérea  do Irã “abriram caminho para Teerã” e que a força aérea de Israel em breve seria vista sobrevoando a capital iraniana. Em declaração à nação em vídeo, Netanyahu disse: “Atacaremos todos os locais e todos os alvos do regime dos aiatolás”. Ele acrescentou que “o que eles sentiram até agora não é nada comparado ao que sentirão com o poder de nossas forças nos próximos dias”.

O primeiro-ministro também reforçou que os ataques de Israel causaram sérios danos às instalações nucleares do Irã, o que deve atrasar o programa nuclear do país. Netanyahu disse ainda que Israel vai eliminar a capacidade do Irã de produzir mísseis balísticos, classificando os projéteis como mais um método que o Irã pretende usar para eliminar Israel. “Não podemos nos dar ao luxo de permitir que eles desenvolvam a capacidade de produção de 20.000 mísseis, por isso tomamos medidas para destruí-la, e é isso que as IDF [Forças de Defesa de Israel] estão fazendo agora”, enfatizou.

Refinaria atacada

A Fars News, uma agência de notícias iraniana afiliada à Guarda Revolucionária do Irã, afirmou que Israel, além de alvos militares, teria atacado refinarias de petróleo e infraestrutura de energia. A informação foi mais tarde confirmada pelo Ministério do Petróleo do Irã, que mencionou que ataques israelenses atingiram a Refinaria Fase 14 do Campo de Gás de South Pars e a Refinaria de Gás Natural Fajr Jam, o maior campo de gás natural do mundo, na província de Bushehr, no sul do Irã.

Os ataques teriam sido realizados através de drones, causando uma violenta explosão e um incêndio nas instalações, localizadas às margens do Golfo. O incêndio teria atingido uma das quatro unidades da Fase 14 de South Pars, obrigando a interrupção da produção de 12 milhões de metros cúbicos de gás da refinaria.

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