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“Eu penso que é um tema que ficará para o próximo mandato. Não estou vendo, primeiro, o governo tratar do assunto. Não se faz uma reforma da Previdência sem que o Executivo a conduza”, declarou o parlamentar
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não vê condições para uma nova reforma da Previdência até o fim de 2026. As declarações foram dadas durante debate promovido pelos jornais Valor Econômico, O Globo e a rádio CBN, com o tema “Agenda Brasil: o cenário fiscal brasileiro”, na manhã desta segunda-feira, 9.
“Eu penso que é um tema que ficará para o próximo mandato. Não estou vendo, primeiro, o governo tratar do assunto. Não se faz uma reforma da Previdência sem que o Executivo a conduza. Então, não vejo como discutir a reforma da Previdência nestes um ano e meio que faltam para a conclusão deste mandato”, declarou o parlamentar.
Motta acrescentou: “Talvez seja uma agenda que o próximo presidente da República terá que enfrentar, porque os gastos previdenciários têm crescido substancialmente.”
Na ocasião, o presidente da Câmara também cobrou a disposição do governo e do Senado em defender a redução dos gastos primários, para que a tarefa não fique apenas com o Congresso Nacional. Ele mencionou como exemplo a tramitação do pacote fiscal, em que os senadores não mantiveram o que os deputados aprovaram em relação ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).
“Isso que aconteceu no BPC incomodou muito a Câmara. A Câmara aprovou o BPC, de certa forma teve um desgaste político para isso, porque as narrativas são criadas acerca dos temas que nós lá estamos votando, e o Senado acabou não conseguindo manter aquilo que votamos. E aí os deputados reclamaram bastante”, disse ele.
Motta acrescentou: “É importante essa sintonia, porque não adianta só a Câmara se sacrificar, não adianta só a Câmara ir para o enfrentamento. Tem que haver também, do Senado e do governo, comprometimento com as pautas.”
