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Morte de advogada em Cuiabá completa dois anos; ex-PM vai a júri em setembro

DO REPÓRTER MT

Nesta quarta-feira (13), completa dois anos do feminicídio da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, de 48 anos, ocorrido em Cuiabá. O crime, que teve grande repercussão no estado, resultou na prisão em flagrante do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, que aguarda julgamento no presídio de Chapada dos Guimarães. O júri popular está marcado para o dia 25 de setembro, às 9h, no Fórum da capital.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, no mês passado, um pedido da Defensoria Pública para absolver o réu e impedir que ele fosse levado a julgamento. A defesa alega que Almir sofre de transtorno mental e, por isso, deveria ser considerado inimputável. Porém, laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) concluiu que, embora possua algum transtorno psiquiátrico, ele tinha plena capacidade de entender o ato que cometia.

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O ex-PM é acusado de feminicídio, estupro, fraude processual e ocultação de cadáver. 

Dia do crime

Almir e Cristiane se conheceram na noite de sábado (12 de agosto de 2023), por volta das 23h30, no Bar do Edgare, em Cuiabá. Antes de ir ao estabelecimento, a vítima passou o dia com familiares em um churrasco. O primo foi a última pessoa da família a vê-la antes de ela sair do local acompanhada do assassino.

Como Almir estava sem carro, eles seguiram no veículo de Cristiane, um Jeep Renegade. Conforme o delegado Ricardo Franco, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a morte ocorreu durante a madrugada, por asfixia. O corpo apresentava sinais de espancamento, com lesões no rosto e no crânio, além de violência sexual.

Encontro do corpo

Sem notícias, o irmão da vítima acessou um aplicativo de rastreamento instalado no celular dela e localizou o aparelho no Parque das Águas, em Cuiabá. Ao chegar, encontrou a irmã no banco de carona do Jeep, já sem vida. Ele levou o corpo ao hospital, mas a morte foi confirmada.

Ainda para o delegado Ricardo Franco, o aplicativo foi necessário para que a polícia identificasse o último endereço em que a vítima esteve antes da morte: a casa do acusado. Imagens de câmeras de segurança mostraram o veículo saindo da residência pela manhã, com Almir na direção.

Interrogatório inicial

No primeiro interrogatório, durante a prisão em flagrante, Almir sustentou que Cristiane caiu e bateu a cabeça duas vezes, afirmando que ela havia ingerido bebidas alcoólicas. Ele apresentou várias contradições e negou o assassinato.

Limpeza da cena do crime

Quando a polícia chegou à casa do ex-PM, o local já havia sido limpo. Segundo a investigação, Almir usou creolina e sabão em pó para remover manchas de sangue no chão, móveis e roupas de cama. Lençóis e travesseiros foram encontrados ainda molhados na máquina de lavar.

Com uso de luminol, a perícia identificou manchas de sangue no quarto, sala e saída da casa.

Testemunha

Na época, Almir tinha uma namorada enfermeira, que estava trabalhando quando o crime ocorreu. Ao voltar para casa, encontrou o local já limpo. Ela não sabia do ocorrido e colaborou com a investigação após a prisão dele.

O ex-soldado da PM foi expulso da corporação após ser acusado de assalto a um posto de combustíveis em Cuiabá, em 2013, e de integrar organização criminosa. Possui laudo de esquizofrenia e chegou a ser absolvido nesse processo por causa do transtorno.

Em 2022, a Justiça determinou sua internação, mas, por falta de vaga no Adauto Botelho, a medida foi convertida em acompanhamento ambulatorial.

Acompanhamento do caso

A Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT) acompanha o processo, e familiares de Cristiane atuam como assistentes de acusação. O caso corre sob segredo de justiça.


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