quarta-feira , 10 setembro 2025
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Moraes autoriza ida de Bolsonaro a hospital com escolta para fazer procedimento

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro a um hospital no domingo para realizar um procedimento médico. O deslocamento ocorrerá com escolta policial.

Bolsonaro está em prisão domiciliar e precisa de permissão do ministro para sair de casa. É a segunda vez, desde que a medida foi adotada há pouco mais de um mês, que o ex-chefe do Palácio do Planalto solicita autorização para deixar o cárcere por questões de saúde.

O código indicado para o procedimento é o de “exérese e sutura de hemangioma, linfangioma ou nevus”, uma cirurgia para remover lesões da pele. Os motivos apresentados foram um nevo melanocítico no tronco (uma pinta) e uma neoplasia de comportamento incerto — um tumor que pode ser benigno ou maligno.

Moraes determinou que Bolsonaro apresente ao Supremo, no prazo de 48 horas após a finalização do procedimento, o atestado de comparecimento, informando data e horários dos atendimentos. O ministro ressaltou que, conforme decisão proferida no fim de agosto, todos os veículos que saírem da residência de Bolsonaro deverão ser vistoriados.

A ida ao hospital deve ocorrer dois dias após o término do julgamento da ação penal sobre a trama golpista, na qual o ex-presidente é acusado de tentar um golpe de Estado.

No mês passado, Bolsonaro foi autorizado a ir ao hospital para realizar uma série de exames. Após os procedimentos, um boletim médico informou a persistência de esofagite e gastrite, além de “imagem residual” de infecções pulmonares recentes.

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A saúde foi o motivo citado pelos advogados do ex-presidente para justificar sua opção de acompanhar o julgamento da trama golpista de casa. Como réu, ele poderia solicitar autorização de Moraes para assistir às sessões presencialmente na Primeira Turma do STF.

— O ex-presidente Jair Bolsonaro tem hoje uma saúde extremamente fragilizada. Estive com ele, e ele apresenta crises de soluço muito fortes, o que é até aflitivo. A orientação médica é para que permaneça em casa, pois aqui (no STF) é muito estressante, tanto do ponto de vista físico quanto emocional. É uma situação bastante delicada, com muitas horas de julgamento — afirmou o advogado Paulo Amador Bueno na quarta-feira.

Segundo aliados e familiares, o ex-chefe do Palácio do Planalto voltou a apresentar crises de soluço e episódios de dispneia (falta de ar) nos dias que antecederam o início do julgamento. O quadro clínico é atribuído a uma esofagite provocada por um procedimento realizado no abdômen, em abril.

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Na ocasião, Bolsonaro passou por sua sexta cirurgia em decorrência da facada sofrida em 2018, durante a campanha eleitoral. Foram 12 horas de operação para desobstruir parte do intestino. Ele havia sido internado de forma emergencial durante viagem ao Rio Grande do Norte, com quadro de retenção intestinal, e foi transferido para Brasília, onde realizou o procedimento.

Relembre as cirurgias de Bolsonaro em decorrência da facada:

6 de setembro de 2018 – Cirurgia de emergência no Hospital de Juiz de Fora (MG) após ser esfaqueado durante a campanha eleitoral.

12 de setembro de 2018 – Transferido para São Paulo, passou por cirurgia de desobstrução do intestino.

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28 de janeiro de 2019 – Retirada da bolsa de colostomia colocada durante a recuperação da facada.

8 de setembro de 2019 – Cirurgia para correção de hérnia na cicatriz.

12 de setembro de 2023 – Cirurgia para correção de hérnia de hiato, na porção superior do estômago, para tratar refluxo.

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13 de abril de 2025 – Cirurgia de grande porte, com 12 horas de duração, para extensa lise de aderências e reconstrução da parede abdominal.

Após o último procedimento, o boletim médico informou que Bolsonaro estava sem dor e com quadro de saúde “estável”:

“O ex-Presidente da República Jair Bolsonaro foi submetido a cirurgia de extensa lise de aderências e reconstrução da parede abdominal. O procedimento de grande porte teve duração de 12 horas, ocorreu sem intercorrências e sem necessidade de transfusão de sangue. A obstrução intestinal era resultante de uma dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e foi desfeita durante o procedimento de liberação das aderências. Encontra-se no momento na Unidade de Terapia Intensiva, estável clinicamente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, nutricional e prevenção de infecções.”

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