quarta-feira , 5 novembro 2025
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Modelo de El Salvador contra o crime é incompatível com nossa Constituição, diz Vieira

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), relator da CPI do Crime Organizado, afirmou nesta terça-feira (4) que a experiência de El Salvador para combater a criminalidade não é compatível com a Constituição brasileira. O relator defendeu uma solução durodoura contra as facções no país e destacou que alternativas “mirabolantes são só pirotecnia para fins eleitorais”.

Vieira disse que após a megaoperação policial no Rio de Janeiro o método utilizado pelo pelo presidente salvadorenho, Nayib Bukele, voltou a ser discutido.

“Estou vendo muita gente mobilizada para conhecer a experiência de El Salvador. Ela é absolutamente incompatível com a nossa Constituição. Se ela é incompatível, do que me adianta conhecê-lá? Não tem porque. Preciso de soluções que sejam reais”, disse em entrevista à GloboNews nesta tarde.

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Com pouco mais de 6 milhões de habitantes, El Salvador reduziu a taxa de homicídios de 106 para 1,9 por 100 mil habitantes em três anos. O resultado foi obtido por meio de um regime de exceção, prisões em massa, construção de megapresídios e dura repressão policial.

Questionado sobre a corrupção que permite o avanço das facções no país, Vieira destacou que o crime organizado “não é só o pobre armado na favela, ele se infiltra em todos os níveis, na política, na Justiça, no Ministério Público”. O senador citou a movimentação de grandes volumes de drogas e armamentos no Rio de Janeiro.

“O estado do Rio, até onde eu tenho conhecimento, não é um grande produtor de armas, muito menos de entorpecentes. Como [esses produtos] chegam lá? Existe toda uma cadeia de tolerância e convivência com o crime por décadas. Soluções alternativas e mirabolantes são só pirotecnia para fins eleitorais”, destacou.

Para o relator, a “CPI tem a potência para mostrar essa realidade e colocar a sociedade toda na mesma página”. Ele ressaltou que, pelo menos, 20% da população brasileira está submetida ao domínio do crime e, por isso, a resposta do Poder Público deve ser inteligente e duradoura.

Aautor do pedido de criação da CPI do Crime Organizado, Vieira foi delegado da Polícia Civil de Sergipe po 17 anos. O presidente da comissão, senador Fabiano Contarato (PT-ES), também foi delegado da Polícia Civil.

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