quinta-feira , 10 julho 2025
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Ministros do STF veem risco de fuga de Bolsonaro com apoio de Trump, diz jornal

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam, nos bastidores, que as recentes declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão criando uma narrativa internacional para justificar um eventual pedido de asilo político por parte de Jair Bolsonaro. O temor é que o ex-presidente brasileiro fuja do país diante da possibilidade de ser preso. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo relatos colhidos pela coluna de Monica Bergamo no jornal, aliados do próprio Bolsonaro reconheceram que ele está em “pânico” com os desdobramentos da ação penal que enfrenta por tentativa de golpe de Estado.

O ex-presidente tornou-se réu no STF e está inelegível até 2030, mas pode ser alvo de novas ordens de prisão preventiva, a depender do avanço das investigações da trama golpista de 2022.

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Narrativa de perseguição

Na última quarta-feira (9), Trump voltou a se manifestar publicamente em defesa de Bolsonaro, pedindo que “deixem o grande ex-presidente do Brasil em paz” e chamando o processo de “caça às bruxas”. Três dias antes, já havia feito críticas em tom semelhante na rede Truth Social, alegando que Bolsonaro está sendo perseguido por ter “lutado pelo povo”.

Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump afirmou que “este julgamento não deveria estar acontecendo” e que deveria “acabar imediatamente”, chamando o processo de “vergonha interna”.

Para integrantes do STF, a retórica adotada pelo presidente dos EUA não é apenas uma manifestação ideológica, mas a construção de um argumento para um possível pedido de refúgio político.

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Trump também anunciou, em paralelo, a imposição de uma sobretaxa de 50% a produtos brasileiros — medida que, segundo os ministros, tem forte conteúdo simbólico e reforça o tom de confronto.

Histórico reforça suspeitas

Ministros do Supremo lembram que Bolsonaro já demonstrou disposição para deixar o país em momentos de pressão judicial. Em dezembro de 2022, após perder a eleição, o ex-presidente viajou aos EUA e permaneceu lá por três meses — segundo ele próprio, por “pressentir” que poderia enfrentar problemas no Brasil. Em 2024, dormiu por duas noites na embaixada da Hungria, após ter o passaporte apreendido.

Outro indício apontado por magistrados é a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vive atualmente nos Estados Unidos e se autodeclara “deputado em exílio”. O filho do ex-presidente vem liderando articulações com congressistas republicanos, como Cory Mills, que já sugeriram sanções ao ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky — legislação que permite punir autoridades por violações de direitos humanos.

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