O presidente argentino, Javier Milei, celebrou nesta segunda-feira (14) a inflação do mês de junho, que ficou em 1,6% e caiu para 39,4% no acumulado em 12 meses, conforme apontado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Nas redes sociais, o mandatário celebrou:
“VAAAAAAAAMOOOOOO TOTO… [apelido de Luis Andrés Caputo, ministro da Economia]!!! IPC 1,6% é comemorado pelos argentinos de bem e é chorado por toda a “mandrilândia”. Fim. VLLC [sigla de Viva a liberdade, cara***]”, escreveu no X.
Na imagem, aparecem Milei, Luis Andrés Caputo e sua equipe econômica.
O resultado mensal representa uma pequena alta comparado ao 1,5% de maio, a menor dos últimos cinco anos. Já o índice acumulado em 12 meses até junho foi de 39,4%, valor menor que os 43,5% registrados no mês anterior.
Os dados apontam que o índice oficial de preços do país vem progredindo ao longo da presidência do autointitulado “liberal libertário” Milei. Em dezembro de 2023, quando Milei tomou posse, o índice mensal havia ficado em 25,5%.
Nos primeiros meses de 2025, a taxa mensal ficou perto dos 2% e 3%. Nas últimas duas divulgações, o montante chegou à casa do 1%.
A Argentina encerrou o primeiro semestre de 2025 com uma inflação acumulada de 15,1%.
O país, que vinha apresentando uma forte recessão, passa por um grande ajuste econômico desde a posse de Milei. Desde que chegou ao cargo, o mandatário decidiu paralisar obras federais e interromper o repasse de dinheiro para os estados.
Subsídios às tarifas de água, gás, luz, transporte público e serviços essenciais foram retirados, o que inicialmente fez com que houvesse um aumento nos preços ao consumidor, mas desde janeiro de 2024 a inflação vem caindo, exceto por algumas elevações pontuais.
A economia vem crescendo: no primeiro trimestre, a elevação do PIB foi de 5,8% em relação ao mesmo período em 2024.