A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) ingressou com uma queixa-crime contra a comunicadora piauiense Teônia Mikaelly Pereira de Sousa, integrante do podcast IELTV, após declarações ofensivas proferidas em episódios publicados nos dias 11 e 14 de junho.
Na ocasião, Teônia afirmou que Michelle teria sido “ex-garota de programa” e insinuou que membros de sua família teriam “passagem pela polícia”. Os vídeos, que circularam amplamente nas redes, ultrapassaram a marca de 1 milhão de visualizações.
O processo foi protocolado na 2ª Vara Criminal de Teresina, no estado do Piauí, e aponta os crimes de injúria e difamação, com agravantes relacionados à ampla divulgação das declarações por meio de plataformas digitais.
A defesa de Michelle, representada pelo advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa, classificou as falas como “completamente falsas e ofensivas”, além de misóginas e desconectadas da realidade. Segundo ele, o objetivo foi apenas humilhar publicamente a ex-primeira-dama e gerar repercussão a partir de ataques pessoais.
A queixa-crime ressalta o agravante legal de uso de meios que potencializam o dano, como podcasts e redes sociais, destacando que a propagação em plataformas de alto alcance agrava o impacto das ofensas.
A defesa também descartou qualquer possibilidade de conciliação, pedindo que o Ministério Público atue como fiscal do processo e que a ré seja condenada com base na legislação penal.
O caso surge em um momento de crescente projeção política de Michelle, que preside o PL Mulher e é apontada como uma possível candidata ao Senado pelo Distrito Federal nas eleições de 2026 ou mesmo à Presidência da República.
A ação tramita na Justiça piauiense, em conformidade com o critério de territorialidade das infrações penais, uma vez que as declarações foram feitas e transmitidas a partir daquele estado.