quarta-feira , 10 setembro 2025
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Manifestantes bloqueiam estradas e queimam ônibus em dia de protestos na França

STEPHANE MAHE E MANON CRUZ

DA FOLHA DE S. PAULO

A França amanheceu sob intensas manifestações por todo o país nesta quarta-feira (10), com estradas bloqueadas, confrontos com a polícia e ameaça de greve dos manifestantes.

Grupos atearam fogo em latas de lixo e ônibus, em resposta à nomeação de Sébastien Lecornu, 39, ao cargo de primeiro-ministro pelo presidente Emmanuel Macron, um dia após a queda do premiê anterior, François Bayrou.

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Forças de segurança estão mobilizadas por todo o país para remover bloqueios o mais rápido possível, segundo autoridades. Centenas de manifestantes foram presos.

As manifestações ocorrem em um momento de turbulência política e incertezas sobre o controle da crescente dívida pública do país. Lecornu é o quinto primeiro-ministro escolhido por Macron em menos de dois anos. A escolha indignou políticos de esquerda.

Em Paris, bombeiros removeram objetos queimados de uma barricada montada por estudantes para bloquear o trânsito perto de uma escola. A fachada de um restaurante na capital francesa também pegou fogo, e bombeiros foram acionados para apagar as chamas.

Segundo a polícia, 132 pessoas foram presas nas manifestações até o momento. O ministro do Interior, Bruno Retailleau, afirmou que 80 mil agentes de segurança foram mobilizados em todo o país, incluindo 6.000 em Paris.

“É a mesma merda, é a mesma coisa, o problema é Macron, não os ministros”, disse um representante da filial de transporte público em um protesto em Paris. “Os ministros são um problema, mas é mais o Macron e sua maneira de trabalhar, o que significa que ele tem que sair.”

O movimento “Bloqueie Tudo” —uma ampla expressão de descontentamento sem uma liderança centralizada— surgiu online em maio entre grupos de direita, mas desde então foi dominado pela esquerda e pela extrema-esquerda, segundo pesquisadores e autoridades. Ele foi estopim para os atos que ocorrem nesta quarta-feira.

Em Nantes, no oeste do país, manifestantes bloquearam uma rodovia queimando pneus e lixeiras. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar pessoas que tentavam ocupar uma rotatória na mesma cidade.

Em Montpellier, no sudoeste, a polícia entrou em confronto com manifestantes que montaram uma barricada para bloquear o trânsito em uma rotatória. Um deles carregava uma faixa com os dizeres: “Macron, renuncie”.

A operadora de rodovias Vinci relatou protestos e interrupções no trânsito em rodovias por todo o país, incluindo Marselha, Montpellier, Nantes e Lyon.

O movimento “Bloqueie Tudo” reflete o descontentamento popular com que os manifestantes consideram uma elite governante disfuncional pregando um evangelho de austeridade.

O movimento é comparado aos protestos dos Coletes Amarelos, de 2018, que surgiram inicialmente por causa dos aumentos nos preços dos combustíveis, mas se tornaram mais amplos contra Macron e seus planos de reforma econômica.

Cerca de 50 pessoas encapuzadas tentaram iniciar um bloqueio em Bordeaux, enquanto em Toulouse, no sudoeste, um incêndio interrompeu o tráfego de trens, disse o ministro do Interior, Bruno Retailleau, a repórteres na manhã de quarta-feira.

Segundo ele, 80 mil agentes das forças de segurança foram mobilizados em todo o país, incluindo 6 mil apenas em Paris. A mídia francesa noticiou que 100 mil pessoas são esperadas nas manifestações.

 

 


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