sábado , 11 outubro 2025
💵 DÓLAR: Carregando... | 💶 EURO: Carregando... | 💷 LIBRA: Carregando...

Lula veta 63 trechos da lei do licenciamento ambiental; entenda o que muda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou, nesta sexta-feira (8), 63 trechos do projeto que altera as regras do licenciamento ambiental no Brasil. A decisão foi acompanhada da promessa de envio, ainda neste mês, de um projeto de lei “de emergência” para recompor pontos considerados essenciais pelo governo.

Segundo o Planalto, os vetos têm três objetivos principais: preservar o meio ambiente, garantir segurança jurídica aos empreendimentos e proteger comunidades indígenas e quilombolas, sem deixar de agilizar a análise de obras e projetos.

A lei aprovada pelo Congresso havia sido criticada por ambientalistas e especialistas do setor por fragilizar a fiscalização e abrir brechas para liberar empreendimentos com alto potencial de impacto social e ambiental.

Continua depois da publicidade

Ambientalistas celebraram a decisão, embora parte do movimento defenda que alguns dispositivos, como a licença automática, sejam totalmente abolidos.

Confira os principais pontos vetados

  • Licença automática – O projeto original permitiria a liberação de obras apenas com a declaração do empreendedor. O governo vetou esse trecho e manteve a exigência de análise técnica.
  • Licença especial – O texto previa um aceleramento das obras consideradas prioritárias. O veto mantém os prazos regulares de análise.
  • Licença por Adesão e Compromisso (LAC) – O Congresso queria ampliar o uso para atividades de médio potencial poluidor. O veto restringe a aplicação a atividades de baixo impacto, com limites ao procedimento autodeclaratório.
  • Descentralização para estados – O trecho vetado transferia aos governos estaduais, sem padronização, o poder de definir critérios. Para o Executivo, manter um padrão mínimo nacional evita disputas judiciais e oferece previsibilidade a investidores. Segundo nota oficial, descentralizar critérios sem padronização poderia transformar regras ambientais em moeda de troca para atrair empreendimentos de alto risco.
  • Proteção à Mata Atlântica – O veto impede que a lei afrouxe regras para supressão da vegetação nativa; o bioma tem apenas 24% de sua cobertura original remanescente. O Planalto ressalta que a preservação da Mata Atlântica, reconhecida como patrimônio nacional pela Constituição, é prioridade diante do estado crítico do bioma.
  • Consulta a órgãos indígenas e quilombolas – Fica mantida a exigência de consulta prévia e manifestação vinculante.
  • Proteção a Unidades de Conservação – O governo manteve a obrigatoriedade de manifestação dos órgãos gestores em obras que afetem diretamente essas áreas.
  • Responsabilidade de instituições financeiras – O veto mantém a obrigação de bancos responderem por danos ambientais causados por projetos que financiam.

A decisão será agora enviada ao Congresso Nacional, que poderá manter ou derrubar os vetos. O governo aposta no diálogo com parlamentares para preservar as mudanças.

fonte

Verifique também

Lewandowski diz que indicação para vaga no STF será após retorno de Lula da Itália

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta sexta-feira, 10, que o …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *