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Lula defende Venezuela e diz que presidente de fora não deve dar palpite

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a Venezuela nesta quinta-feira (16) e afirmou que nenhum presidente de outro país pode “dar palpite” no país comandado pelo ditador Nicolás Maduro. A declaração ocorre em meio à escalada da tensão entre os Estados Unidos e o regime chavista.

Lula discursou na abertura do 16º Congresso do PCdoB, em Brasília, mas não citou o presidente americano, Donald Trump, que autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA) a conduzir operações secretas na Venezuela nesta quarta-feira (15).

“Todo mundo diz que a gente vai transformar o Brasil na Venezuela. E o Brasil nunca vai ser a Venezuela e a Venezuela nunca vai ser o Brasil. Cada um será ele. O que nós defendemos é que o povo venezuelano é dono do seu destino e não é nenhum presidente de outro país que tem que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou vai ser Cuba”, afirmou.

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A declaração ocorreu horas depois do primeiro encontro entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, para discutir o tarifaço após a aproximação entre Lula e Trump.

Mais cedo, o PT divulgou uma nota em defesa da Venezuela, afirmando que a operação americana é “uma afronta à soberania do país sul-americano e uma violação do Direito Internacional.”

Durante o discurso, Lula também defendeu Cuba, alvo frequente de críticas do governo Trump. “Cuba não é um país de exportação de terroristas. Cuba é um exemplo de povo e de dignidade”, destacou.

O petista afirmou que ao longo de seus primeiros mandatos na presidência, entre 2002 e 2010, a América do Sul viveu seu “melhor momento político, ideológico e social”. Lula elogiou diversos líderes de esquerda com quem conviveu, citando inclusive o “companheiro” Hugo Chávez, morto em 2012. Maduro substituiu Chávez e, desde então, não saiu do poder na Venezuela.

“Tive o prazer de viver na presidência do Brasil entre 2003 e 2010, no melhor momento político, ideológico e social da América do Sul. A minha convivência com [Néstor] Kirchner e Cristina [Kirchner], na Argentina, com Michelle Bachelet e [Ricardo] Lagos, no Chile, com Tabaré [Vázquez] e [José] Mujica, no Uruguai, com [Fernando] Lugo no Paraguai, com tanta gente, com o companheiro Chávez na Venezuela, com o companheiro Evo Morales na Bolívia, isso tudo acabou”, afirmou o presidente.

“Possivelmente serei candidato” em 2026, diz Lula

Durante o evento, Lula disse que “possivelmente” será candidato nas eleições de 2026. “Possivelmente serei candidato a presidente outra vez, se eu estiver com saúde. Mas eu vou ser candidato para quê? Para continuar falando de Bolsa Família, de Luz para Todos, de água para todos. É preciso pensar um país maior, mas um país que o povo seja capaz de compreender que país a gente está propondo para ele”, afirmou.

O presidente voltou a criticar os partidos de esquerda e apontou que a vitória do PT na presidência da República não reflete uma maior representatividade da esquerda no Congresso. “Muitas vezes a nossa linguagem e o nosso discurso está muito distante do nível de compreensão de milhões e milhões de pessoas que gostariam de nos escutar”, disse.

O mandatário criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apontou que a esquerda precisa se mobilizar nas redes sociais e aprender a se comunicar com a população para evitar a vitória da “extrema direita”.

“Muitas vezes, a gente costuma jogar culpa nos outros e não pensa se a gente errou. Como é que isso explica uma figura politicamente grotesca como Bolsonaro virar presidente da República desse país?”, disse.

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