FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
A Justiça inocentou Julho César Correa da Silva, conhecido como “Peba” ou “Boquinha”, da acusação de assassinato de Marinalva Soares da Silva, ocorrido em dezembro de 2020, o bairro Parque Ohara, em Cuiabá.
O caso ganhou um novo desfecho neste ano. Um exame de DNA comprovou que o material genético não pertencia a Julho e sim a Reyvan da Silva Carvalho, preso no final de agosto, por estuprar e matar Solange Aparecida Sobrinho, de 52 anos, dentro do campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
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Julho foi denunciado pelo Ministério Público Estadual e em junho de 2021 teve a prisão temporária decretada. No mês seguinte, a prisão foi convertida em preventiva. Ele foi condenado pela primeira vez por homicídio qualificado. A defesa dele interpôs um recurso, que foi parcialmente acolhido pela justiça.
Uma nova sentença foi publicada e ele foi condenado por feminicídio. O advogado de Julho recorreu novamente da decisão, mas desta vez foi negado. O homem teve a prisão revogada em 12 de janeiro de 2024, sendo solto um dia depois. A decisão final transitou no dia 20 de fevereiro de 2025.
Nessa terça-feira (23), Julho foi submetido ao Tribunal do Júri e foi inocentado pela morte de Marinalva.
“Assim, atenta à soberana decisão do Conselho de Sentença, a qual estou vinculada, absolvo o acusado Julho Cesa Correa da Silva, qualificado nos autos, o que faço om fundamento no artigo 386, inciso IV, do Código de Processo Penal”, diz trecho da decisão assinada pela juíza da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, Mônica Catarina Perri Siqueira.
Maníaco da UFMT
Reyvan foi preso em no final de agosto pelo estupro e assassinato de Solange Aparecida Sobrinho, de 52 anos.
Ela foi encontrada morta em 24 de julho em uma área desativada da Associação Atlética Master, dentro da universidade. Diagnosticada com esquizofrenia, ela foi esganada, sofreu ferimentos e teve a bolsa roubada. O corpo estava seminua e apresentava marcas de luta.
Durante as investigações, a polícia descobriu que Reyvan já havia estuprado e matado outras mulheres. Entre os três crimes ocorridos em anos anteriores, o primeiro foi o assassinato de Marinalva. O segundo foi um estupro ocorrido no ano de 2021 no bairro Tijucal e o terceiro foi outro estupro cometido em 2022 no bairro Jardim Leblon.
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Ele também foi detido por assaltar uma residência e fazer uma família refém, no bairro Santa Terezinha II, também na Capital.
No dia que Reyvan foi preso, ele estava no campus da UFMT e conforme a Polícia Civil ele estaria indo atrás de mais vítimas.
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