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Joias saqueadas, segurança reforçada e mistério na França: o que se sabe sobre o roubo no Louvre

O Museu do Louvre permanecerá fechado ao público nesta segunda-feira (20), com segurança reforçada, após um roubo cinematográfico de joias da coleção da realeza francesa ocorrido no final de semana.

O ministro da Justiça, Gérald Darmanin, considerou o êxito do crime como um “fracasso” das autoridades locais e declarou que o roubo “prejudica a imagem” da França no cenário internacional.

“Há muitos museus em Paris, muitos museus na França, com valores inestimáveis. O que é certo é que falhamos”, disse o membro do governo de Emmanuel Macron em entrevista à rádio France Inter nesta manhã.

Cartaz informativo do fechamento do Museu do Louvre em Paris, neste domingo (19), após roubo cinematográfico. Crédito: EFE/ Edgar Sapiña Manchado (Foto: EFE/ Edgar Sapiña Manchado)

O próprio presidente francês se manifestou, chamando o roubo do Louvre de “um ataque a um patrimônio que prezamos porque é a nossa história”. Ele expressou sua “convicção” de que “encontraremos as obras e os perpetradores serão responsabilizados” e afirmou que tudo o que for possível está sendo feito para atingir esse objetivo.

O que sabemos até o momento

Por volta das 9h30 de domingo (durante a madrugada no Brasil), quatro ladrões mascarados tiveram acesso ao museu do Louvre com duas motocicletas e um caminhão equipado com elevador de carga e, em questão de minutos, roubaram várias joias da coleção da coroa francesa.

A quadrilha inicialmente roubou nove joias “de valor incalculável”, mas perdeu uma delas na fuga, a coroa da Imperatriz Eugenia de Montijo, segundo informou o Ministério Público francês.

Dois dos criminosos invadiram o Louvre pela fachada direcionada para o Rio Sena usando um guindaste acoplado ao caminhão e arrombaram uma janela. O veículo ficou estacionado ao lado do museu.

Darmanin demonstrou choque com a capacidade dos ladrões de “colocarem um guindaste” na via pública, “de fazer subir pessoas em poucos minutos para extrair joias de valor inestimável e de gerar uma imagem deplorável da França”.

Eles usaram o equipamento para entrar na galeria Apollo, no primeiro andar. Depois de quebrar o vidro de uma das janelas com uma lâmina de corte, eles entraram no interior do museu mais famoso da França e se dirigiram a duas vitrines, que foram destruídas.

Os ladrões então partiram pelo mesmo caminho por onde vieram. Na fuga, perderam parte do saque e desapareceram nas motocicletas apenas sete minutos após o início da operação. Até agora, nenhum dos criminosos foi capturado.

O que foi levado e o que foi recuperado até agora

A única peça recuperada, a coroa da Imperatriz Eugenia de Montijo, pertenceu à esposa de Napoleão III. Trata-se de uma coroa com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas, criada para a Imperatriz por ocasião da Exposição Universal de 1855, que após a mudança de regime para a Terceira República, em 1870, foi vendida em 1885 pelo Estado francês como forma de liquidar seu passado monárquico e só retornou à sua posse pouco mais de um século depois, graças a uma doação.

Tiara da imperatriz Eugenia saqueada do Museu do Louvre, em Paris, neste final de semana. Crédito: EFE/ Departamento de Objetos de Arte do Museu do Louvre (Foto: EFE/ Departamento de Objetos de Arte do Museu do Louvre )
Coroa da imperatriz Eugenia de Montijo, recuperada durante fuga dos ladrões em Paris, França. Crédito: EFE/ Departamento de Objetos de Arte do Museu do Louvre (Foto: EFE)

Os ladrões roubaram uma tiara pertencente à Rainha Marie-Amélia e à Rainha Hortense; um colar do mesmo conjunto de safiras das rainhas; um brinco do mesmo conjunto; um colar de esmeraldas pertencente à Rainha Marie-Louise; um par de brincos de esmeraldas pertencentes a Marie-Louise; um broche relicário; uma tiara pertencente à Imperatriz Eugénie; e um broche pertencente à mesma imperatriz.

Brincos de esmeralda de Marie-Louise roubados do Museu do Louvre, em Paris. Crédito: EFE/ Departamento de Objetos de Arte do Museu do Louvre (Foto: EFE/ Departamento de Objetos de Arte do Museu do Louvre )

As joias roubadas são de “valor patrimonial e histórico incalculável”, esclareceu o governo Macron, expressando confiança de que os autores, e especialmente os bens roubados, serão encontrados “muito rapidamente”.

Investigação em andamento

Ao menos 60 investigadores da polícia francesa estão envolvidos nesta segunda-feira (20) nas ações para localizar e prender os criminosos pelo roubo histórico no Louvre.

Segundo o governo francês, os ladrões pareciam ser “profissionais”, pois agiram sem violência – não houve disparos ou feridos durante o roubo.

Em entrevista à emissora BFMTV, a promotora parisiense Laure Beccuau destacou que a ação dos criminosos demonstrou, antes de tudo, “preparação”.

Embora não tenha descartado a possibilidade de interferência estrangeira no crime, esclareceu que “não é a hipótese preferida”. Uma das linhas de investigação considera que o roubo pode ter se originado de uma encomenda de um colecionador, mas também poderia ter sido para vender separadamente as pedras preciosas contidas nas joias.

O último roubo neste museu no coração de Paris ocorreu em 1998, quando uma pintura do pintor francês Camille Corot foi roubada em plena luz do dia e, desde então, não foi encontrada.

Mas o roubo mais famoso foi cometido em 21 de agosto de 1911, por um trabalhador italiano, Vincenzo Peruggia, que roubou a Mona Lisa, o que, segundo ele, foi motivado por “patriotismo”. A pintura de Leonardo da Vinci foi recuperada em 1913, após o ladrão contatar um negociante de arte.

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