Em conversa por telefone nesta quinta-feira (4) com o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noel Barrot, o chanceler israelense, Gideon Sa’ar, disse que o presidente francês, Emmanuel Macron, só poderá visitar Israel caso retire sua proposta de reconhecer um Estado Palestino.
No final de julho, Macron havia anunciado que a França reconhecerá o Estado palestino na próxima Assembleia Geral da ONU, que terá início na semana que vem.
Segundo informações do jornal The Times of Israel, Sa’ar disse em um comunicado do seu gabinete que pediu a Barrot durante o telefonema “que reconsidere a iniciativa da França de reconhecer um ‘Estado Palestino’, afirmando que a iniciativa francesa mina a estabilidade no Oriente Médio e prejudica os interesses nacionais e de segurança de Israel”.
“Israel busca boas relações com a França, mas a França deve respeitar a posição de Israel em questões essenciais para sua segurança e futuro”, acrescentou Sa’ar, que afirmou que qualquer visita de Macron a Israel não poderá ser realizada enquanto a França “persistir em sua iniciativa e em esforços que prejudiquem os interesses de Israel”.
Macron solicitou recentemente uma visita a Israel, mas, de acordo com a emissora pública Kan, antes da conversa entre Sa’ar e Barrot, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já havia condicionado essa viagem ao cancelamento da decisão de reconhecer o Estado palestino, o que Paris teria rejeitado.