Os nove barcos da Flotilha da Liberdade – Thousand Madleens, que navegavam para Gaza com o objetivo de romper o bloqueio de Israel, foram interceptados nesta quarta-feira (8) em águas internacionais pela Marinha do país, e seus cerca de 140 participantes foram detidos, confirmou a campanha Rumo a Gaza.
“Às 7h45 GMT, o restante dos veleiros da Thousand Madleens e o barco Conscience também foram abordados em águas internacionais, a uma distância aproximada de 110 milhas náuticas da costa de Gaza”, detalhou a organização sobre a abordagem.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) interceptaram inicialmente três dos veleiros a cerca de 120 milhas náuticas (220 quilômetros) de Gaza e concluiu com a interceptação de todos os barcos que compunham esta segunda flotilha, que partiu no final de setembro da Itália em paralelo à flotilha Global Sumud, abordada na semana passada.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel confirmou a operação de interceptação e disse que todos os passageiros “estão seguros e em bom estado de saúde”.
“Espera-se que os passageiros sejam deportados imediatamente”, anunciou Israel em um breve comunicado.
A flotilha denunciou a detenção de uma tripulação “desarmada”, incluindo médicos, jornalistas e representantes eleitos, entre eles a deputada do Mais Madri na Assembleia de Madri, Jimena González.
As organizações também disseram que perderam uma “ajuda vital” que as embarcações transportavam, “no valor de mais de US$ 110 mil em medicamentos, equipamentos respiratórios e suprimentos nutricionais”, destinados aos “hospitais famintos de Gaza”.
Como ocorreu com a flotilha Sumud, os ativistas estão sendo levados para um porto israelense para sua posterior deportação. Dos mais de 450 participantes da flotilha anterior, a Sumud, seis integrantes continuavam detidos até esta terça na prisão israelense de Ketziot.