O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse nesta quinta-feira (26) que o país pretendia matar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, no conflito de 12 dias entre os dois países encerrado na terça-feira (24), mas que faltou “oportunidade” para isso.
“Acredito que, se Khamenei estivesse na nossa mira, nós o teríamos eliminado”, disse Katz em entrevista à emissora de TV Canal 13.
“Mas Khamenei percebeu isso, se escondeu nas profundezas e rompeu contato com os comandantes que substituíram os que foram eliminados, então, no final, não era realista [a possibilidade de matar o líder iraniano]”, afirmou o ministro. “Queríamos eliminar Khamenei, mas não houve oportunidade operacional.”
Katz foi perguntado na entrevista se Israel buscou aprovação dos Estados Unidos para matar Khamenei e desdenhou: “Não precisamos de permissão para essas coisas”.
Durante o conflito de 12 dias, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, pediu um levante popular no Irã para derrubar Khamenei, e Katz disse que o líder supremo “não pode mais ter permissão para continuar existindo”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse durante o conflito que sabia “exatamente” onde estava Khamenei, mas que não pretendia matá-lo “por enquanto”.
Na terça-feira, dia em que entrou em vigor um cessar-fogo entre israelenses e iranianos, Trump afirmou que não quer uma mudança de regime no Irã.
“Se acontecer, aconteceu, mas não, eu não quero [uma mudança de regime]. Gostaria de ver tudo se acalmar o mais rápido possível”, alegou. “Mudanças de regimes geram caos, e idealmente não queremos ver tanto caos”, argumentou.