O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, afirmou nesta sexta-feira (13) em entrevista coletiva que seu país continuará atacando o Irã até ter certeza de que “eliminou a ameaça”, depois de ter lançado o maior ataque contra a república islâmica e atingido alvos das Forças Armadas, da Guarda Revolucionária e parte da equipe responsável pelo programa nuclear iraniano.
“Esperamos [enviar] mais mísseis e estamos preparando a população [israelense] para os dias muito intensos que nos aguardam. Continuaremos agindo até sabermos que eliminamos a ameaça”, declarou Danon.
O embaixador disse que o ataque – que também danificou a principal instalação nuclear iraniana em Natanz – foi uma ação “calculada e necessária, baseada em informações de inteligência claras e realizada em resposta a uma crescente ameaça existencial”.
“O regime iraniano financiou e dirigiu ataques contra Israel por meio de agentes terroristas, Hamas, Hezbollah e houthis. O Irã alimentou a instabilidade em toda a região, ao mesmo tempo em que declara abertamente sua intenção de destruir e eliminar o Estado de Israel”, destacou.
Danon mostrou descontentamento com a preocupação do secretário-geral da ONU, António Guterres, com o ataque de ontem.
“O secretário-geral divulgou ontem à noite uma declaração expressando sua preocupação com nossa operação, mas devo perguntar: onde estava o secretário-geral quando o Irã passou anos se armando, enquanto prometia apagar Israel do mapa?”, questionou.
O Irã solicitou hoje uma reunião urgente e imediata do Conselho de Segurança da ONU para que este órgão “cumpra sua responsabilidade, condene este ato de agressão e faça com que Israel preste contas por seus crimes”, em uma carta do ministro das Relações Exteriores do país, Abbas Araghchi, enviada à presidência do conselho e a Guterres.
A convocação desta sessão depende agora de um dos 15 membros do conselho, provavelmente algum aliado do Irã, como Rússia ou China, solicitá-la formalmente.
O embaixador de Israel explicou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu “teve várias conversas por telefone com líderes mundiais” nas quais explicou por que atacou o Irã.