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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que uma eventual invasão dos Estados Unidos à Venezuela arrastaria seu país para dentro do conflito e transformaria a região em “uma nova Síria”.
“Os gringos estão em apuros se pensam que, invadindo a Venezuela, resolvem seu problema. Colocariam a Venezuela no caso da Síria, só que com o agravante de arrastar a Colômbia”, disse Petro em reunião ministerial transmitida ao país na noite de terça-feira.
A declaração ocorre após a agência Reuters revelar a mobilização de três navios de guerra da Marinha dos EUA com quatro mil soldados no Caribe, próximos à Venezuela. Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, a operação em curso visa usar “todo o poder americano” para deter o fluxo de drogas da Venezuela para os Estados Unidos.
Leavitt reforçou que o presidente Donald Trump está disposto a “levar os responsáveis à Justiça” e voltou a classificar Nicolás Maduro como “chefe de um cartel narcoterrorista”. “Maduro não é um presidente legítimo. Ele é um fugitivo acusado de tráfico de drogas nos EUA”, disse.
Petro advertiu que, em caso de intervenção, traficantes que atuam na fronteira de 2.219 quilômetros entre Colômbia e Venezuela se aproveitariam para controlar riquezas minerais. “Isso significa mais economia para a morte, não para a vida”, declarou.
O presidente colombiano disse ainda ter alertado Trump, por meio de emissários, que uma operação militar seria “o pior erro” dos EUA.
