sexta-feira , 7 novembro 2025
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Hambúrguer americano depende da carne brasileira, diz ministro

BUENOS AIRES – O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta sexta-feira (7) que os Estados Unidos dependem da carne brasileira para abastecer sua indústria de hambúrgueres e que o tarifaço de 50% imposto pelo governo Donald Trump pode acabar aumentando o preço da carne nos Estados Unidos.

“A carne brasileira é basicamente destinada ao processamento, principalmente de hambúrgueres e almôndegas. Uma carne muito específica, e se eles tiverem que fazer um remanejamento e usar a carne deles para fazer hambúrguer, vai faltar carne para a mesa”, disse o titular da Agricultura durante o Fórum de Buenos Aires.

Segundo o ministro, os Estados Unidos continuam comprando volumes relevantes de carne do Brasil, mesmo após as tarifas impostas, por causa da competitividade e da qualidade do produto brasileiro. “Os números das exportações do Brasil para os Estados Unidos, também nas carnes, continuam sendo muito relevantes. Afinal de contas, a carne brasileira é muito competitiva, tanto pelo aspecto da qualidade como pelo aspecto de preços.”

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Fávaro destacou que o tarifaço americano teve impacto limitado sobre a pecuária brasileira, uma vez que o governo tem ampliado acordos comerciais e aberto novos mercados internacionais. “Praticamente pouca coisa da pecuária brasileira sentiu o baque das tarifas de 50%.”

A exportação de carne bovina in natura do Brasil somou 320,6 mil toneladas em outubro, crescimento de 18,6% em relação a um ano antes, renovando recorde registrado em setembro. Em meio à tarifa dos EUA, no entanto, foi a China que aproveitou para comprar mais: em setembro, as exportações para a China aumentaram quase 40%, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) publicados na quinta-feira (6).

Para o ministro, a manutenção do comércio entre Brasil e EUA é fundamental para os consumidores americanos e para os produtores brasileiros. “O Brasil continua sendo um grande exportador, e a consequência disso é que a inflação das carnes aconteceu no bolso dos norte-americanos. Por isso, tenho certeza de que essa repactuação vai ser boa para o Brasil, mas também vai ser muito boa para os Estados Unidos.”

As declarações ocorrem em meio às negociações abertas após o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump na Malásia, quando ambos sinalizaram a disposição de rever as tarifas impostas a produtos brasileiros e retomar o equilíbrio comercial entre as duas maiores economias das Américas.

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