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“Hamas deve entregar suas armas ou viverá um inferno”, diz Netanyahu

Em entrevista concedida nesta terça-feira (14) à emissora americana CBS News, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou que o grupo terrorista Hamas deve se desarmar totalmente conforme as condições do plano de paz para Gaza elaborado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Caso contrário, advertiu, “todo o inferno será desencadeado” contra os extremistas islâmicos do enclave.

Netanyahu afirmou que Israel concordou “em dar uma chance à paz”, mas lembrou que a próxima fase do acordo mediado pelos EUA exige a entrega das armas e a desmilitarização completa da Faixa de Gaza. O premier explicou que isso inclui “garantir que não haja fábricas de armas dentro de Gaza e que não haja contrabando de armamentos para dentro do território”.

O acordo garantiu a libertação dos 20 últimos reféns israelenses vivos em troca da soltura de cerca de quase 2 mil prisioneiros palestinos, entre eles 250 condenados por terrorismo e sentenças de prisão perpétua, segundo o jornal israelense Times of Israel. Além disso, Hamas deve devolver também os corpos de 28 reféns mortos durante o cativeiro em Gaza.

A declaração de Netanyahu ocorreu no mesmo dia em que Trump, durante um encontro com o presidente argentino, Javier Milei, na Casa Branca, advertiu que, se o Hamas não entregar suas armas, “nós os desarmaremos – e isso acontecerá rapidamente e talvez de forma violenta”.

Na entrevista à CBS, Netanyahu reconheceu as palavras do presidente americano e afirmou: “Ouvi o que ele disse, que todo o inferno será desencadeado. Espero que não aconteça. Espero que possamos fazer isso pacificamente. Estamos certamente prontos para isso.”

Apesar de enfraquecido, o Hamas tem resistido às exigências e, segundo o Times of Israel, retomou o controle sobre partes de Gaza, executando opositores e grupos rivais. Essa atitude, segundo analistas israelenses, ameaça o cessar-fogo e a aplicação plena do plano de paz.

Questionado pela CBS sobre o que seria necessário para declarar o fim definitivo da guerra, Netanyahu respondeu que a defesa de Israel e do mundo livre exige vigilância permanente: “A liberdade não é permanente nem automática. Se não pudermos defender as sociedades livres, elas serão dominadas por regimes autoritários ou totalitários.”

O plano de 20 pontos proposto por Trump prevê a retirada gradual das forças israelenses de partes da Faixa de Gaza e o envio imediato de ajuda humanitária à população civil palestina. Questões mais complexas – como o futuro governo de Gaza, a criação de um Estado palestino e o desarmamento final do Hamas – seguem pendentes, mas são consideradas essenciais para uma paz duradoura.

Durante entrevista telefônica à CNN nesta quarta-feira (15), o presidente Trump afirmou que considera permitir a retomada da ofensiva israelense se o Hamas continuar descumprindo o acordo.

“O que está acontecendo com o Hamas será resolvido rapidamente”, disse o presidente. “Israel voltará às ruas assim que eu disser a palavra. Se Israel pudesse entrar e acabar com eles, faria isso.”

O presidente afirmou que conteve os militares israelenses até o momento para dar espaço ao cessar-fogo.

“Tive que segurá-los. Eu e Bibi tivemos uma conversa firme sobre isso”, afirmou, referindo-se a Netanyahu.

Trump disse que o Hamas vem violando o ponto 4 do acordo de paz mediado por ele, que determinava que “dentro de 72 horas após a aceitação pública do tratado por Israel, todos os reféns – vivos e mortos – seriam devolvidos”. Embora os 20 reféns vivos tenham sido libertados, o Hamas ainda não entregou todos os corpos prometidos. “Trazer esses 20 reféns de volta era o mais importante”, afirmou o presidente.

O republicano também reiterou que o plano exige o desarmamento total do Hamas, incluindo a renúncia ao controle político de Gaza. O ponto 6 do acordo prevê anistia para integrantes que aceitarem coexistência pacífica e entregarem suas armas. “Membros do Hamas que desejarem deixar Gaza terão passagem segura para países receptores”, diz o texto.

Questionado sobre relatos de execuções em Gaza após a trégua, Trump respondeu: “Estou pesquisando sobre isso. Pode ser que estejam eliminando gangues violentas – pode ser isso e mais alguma coisa. Vamos descobrir.”

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