quinta-feira , 28 agosto 2025
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Haddad nega intenção de ser candidato em 2026 e minimiza impacto do julgamento de Bolsonaro

O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, disse nesta quarta (27) que não tem intenção de ser candidato em 2026. Ele também minimizou os impactos sociais que uma eventual prisão de Jair Bolsonaro (PL) pode provocar no país. O ex-presidente começará a ser julgado na próxima semana pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na ação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o começo do mês e, na véspera, teve a recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que seu monitoramento seja reforçado por risco de fuga, segundo indicou a Polícia Federal.

“Eu não acredito que isso [convulsão social] vai acontecer. Eu não acredito que no Brasil haja espaço para isso. Vai ser muito ruim se houver”, disse Haddad em entrevista ao UOL mais cedo.

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Haddad comparou uma eventual prisão de Bolsonaro à efetivamente cumprida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2018, no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. O petista passou 580 dias no cárcere da superintendência da Polícia Federal em Curitiba, com movimentos sociais apoiadores mobilizados do lado de fora.

“Eu nunca vi o presidente demandar o que quer que fosse que colocasse em risco o devido processo legal. qualquer tipo de mobilização, de pressão sobre a justiça, de avacalhar os poderes, nada”, seguiu o ministro sinalizando que fez mais de 40 visitas a Lula naquele período.

Bolsonaro e mais oito aliados do alto escalão do governo e de generais do Exército serão julgados pelo STF sob a alegação de terem planejado um golpe de Estado para manter o ex-presidente no poder – ele seria o líder do plano. O julgamento se estenderá até o dia 12 pelos cinco ministros da Primeira Turma do STF.

Estão neste julgamento chamado de “núcleo 1” ou “crucial” pela Procuradoria-Geral da República (PGR) o ex-presidente; seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid; o ex-ministro Walter Braga Netto; o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ); o ex-comandante da Marinha Almir Garnier; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.

A Primeira Turma é composta pelos ministros: Cristiano Zanin, Luiz Fux, Alexandre de Moraes (relator do caso), Flávio Dino e Cármen Lúcia. Com isso, a maioria é formada quando três ministros votam num mesmo sentido.

Os integrantes da Turma também podem pedir vista, ou seja, mais tempo para análise do processo. Neste caso, o ministro terá 90 dias para revisar os autos. Após esse prazo, a ação volta para a pauta de julgamento.

Haddad quer ficar de fora das eleições em 2026

Na mesma entrevista, o ministro da Fazenda afirmou que não tem intenção, neste momento, de disputar eleições em 2026 e que já informou sua decisão à direção do PT. Ele, porém, disse que ainda não tratou do assunto com Lula.

Para justificar seu posicionamento, Haddad citou que a aprovação da “reforma da renda” é prioridade da sua gestão no ministério da Fazenda.

“A reforma da renda é a cereja do bolo, muito importante para nós. É começar a tocar na ferida da desigualdade, que é uma coisa que poucos governos tentaram e quase nenhum conseguiu”, disse.

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